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Primeiro-ministro espanhol vai reabrir as fronteiras a turistas em julho

“A partir de julho, o turismo estrangeiro será retomado em condições seguras. Garantimos que os turistas não correrão riscos e não nos trarão riscos ”, afirmou Sanchez.
Pedro Sanchéz, líder do PSOE e primeiro-ministro de Espanha
23 Maio 2020, 17h17

Pedro Sánchez anunciou este sábado, 23 de maio, que irá reabrir as fronteiras ao turismo a partir do mês de julho. A informação dada pelo primeiro-ministro espanhol numa altura em que milhares de pessoas protestam nas ruas contra o alargamento do estado de emergência.

As declarações feitas por Pedro Sánchez – anunciando o regresso do turismo e a decisão de autorizar a primeira divisão de futebol espanhola a retomar a temporada 2019/20, surge numa altura de muitas críticas ao governo pela maneira como tem gerido a crise e o consequente adiamento do fim do estado de emergência.

Os visitantes estrangeiros contribuem com cerca de um oitavo da produção económica da Espanha e as restrições do governo – tomadas para conter um dos mais graves surtos de coronavírus da Europa – fecharam tudo, desde hotéis, bares e restaurantes a praias e parques de lazer, assim que a temporada de turismo começa.

“Espanha espera-vos a partir do mês de julho e quem pisar Espanha pode contar com um território com garantias sanitárias e comprometido com a sustentabilidade do nosso planeta”.

Quase um milhão de cidadãos espanhóis ficaram desempregados só no mês de março, quando o confinamento começou. O Banco de Espanha prevê que a economia contraia até 12% durante 2020.

O governo diz que o bloqueio permitiu controlar a pandemia, naquele que é um dos países com o maior número de infetados pela Covid-19. As restrições à circulação estão a ser gradualmente diminuídas, embora os residentes de Madrid e Barcelona, ​​epicentros nacionais do vírus, tenham permanecido em confinamento.

Ambas as cidades vão começar a implementar as primeiras medidas de desconfinamento já na segunda-feira, dia 1 de junho, permitindo refeições ao ar livre e reuniões de até 10 pessoas.

A Espanha registou mais de 28.600 mortes por Covid-19 e mais de 230 mil casos. Sánchez anunciou um período de 10 dias de luto nacional pelas vítimas a partir, de 2 de junho.

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