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Primeiro-ministro espanhol fecha a porta a um referendo de autodeterminação na Catalunha

Segundo a edição ‘online de hoje do ‘El País’, o líder do governo espanhol tentou, desta forma, calar as insinuações dos adversários do PP – Partido Popular e do Ciudadanos, além da formação de extrema direita Vox, de que o o Governo espanhol iria ceder às pressões dos independentistas catalães para ganhar as próximas eleições legislativas, agendadas para 28 de abril.
7 Abril 2019, 17h44

Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol e líder do Partido Socialista do país vizinho (PSOE) fechou hoje a porta a qualquer possibilidade de vir a apoiar um referendo para decidir sobre a autodeterminação pretendida pelos independentistas na Catalunha.

Segundo a edição ‘online’ de hoje do ‘El País’, o líder do governo espanhol tentou, desta forma, calar as insinuações dos adversários do PP – Partido Popular e do Ciudadanos, além da formação de extrema direita Vox, de que o o Governo espanhol iria ceder às pressões dos independentistas catalães.

“Não é não”, assegurou este domingo, dia 8 de abril, Pedro Sánchez, numa intervenção pública em Saragoça, perante uma audiência de mais 1.500 pessoas, segundo o ‘El País’.

O primeiro-ministro espanhol recuperou, assim uma expressão que utilizou há cerca de dois anos e meio, quando disse “não é não” perante à probabilidade de uma abstenção eleitoral que na altura facilitaria a formação de mais um governo de Mariano Rajoy.

De acordo com o ‘El País’, com esta declarações de hoje, Pedro Sánchez quer desvalorizar as últimas mensagens do PP e do Ciudadanos, de que poderia ceder aos independentistas catalães para poder regressar à liderança do governo espanhol nas próximas eleições legislativas.

“Não é não; não haverá um referendo de autodeterminação na Catalunha”, assegurou este domingo em Saragoça, o presidente do Governo e líder dos socialistas de Espanha

Neste momento, faltam 20 dias para as próximas eleições legislativas em Espanha, marcadas para 28 de abril.

As sondagens têm apontado o PSOE, partido liderado por Pedro Sánchez, como preferido pelos eleitores espanhóis.

A campanha eleitoral tem sido marcada pela dúvidas que os partidos da oposição têm lançado relativamente às eventuais contrapartidas que os socialistas teriam de propor aos independentistas catalães para poder chegar novamente à liderança do governo espanhol.

De acordo com o ‘El País’, essas insinuações de um provável pacto do PSOE com “independentistas, comunistas y herdeiros da ETA”, levantadas com frequência por Albert Rivera y Pablo Casado, líderes do PP e do Ciudadanos, nos seus actos públicos, assim como do próprio Vox, “perturba de forma assinalável o eleitorado potencial dos socialistas”.

“E o líder do PSOE está decidido a vedar essa via de fuga de votos até ao final desta campanha eleitoral.

Sobre este assunto, as palavras de Pedro Sánchez foram mais duras:“Não é não; não haverá referendo na Catalunha, não haverá independência e não haverá violação da Constituição [espanhola], que não reconhece esse direito à autodeterminação”, assegurou o secretário geral do PSOE no Palácio de Congressos de Saragoça, capital aragonesa.

 

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