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Príncipe Harry revela que família real cortou o apoio financeiro após ida para EUA

“Tudo o que eu queria era dinheiro suficiente para arranjar segurança e manter a minha família em segurança”, disse o Duque de Sussex numa entrevista intimista com Oprah Winfrey.
8 Março 2021, 17h20

O príncipe Harry e a sua mulher Meghan Markle, duques de Sussex, concederam uma entrevista a Oprah Winfrey, tendo o filho de Carlos e Diana revelado que a família real britânica cortou o apoio financeiramente após o casal anunciar o afastamento da realeza e migrar para os Estados Unidos.

Na entrevista que foi para o ar no domingo nos Estados Unidos, e assumiu as preferências no Twitter, o duque de Sussex revelou que os acordos com a Netflix e o Spotify, em mais de 100 milhões de dólares, ocorreram depois “da minha família me ter cortado financeiramente, literalmente”. Este afastamento aconteceu depois do casal renunciar a sua posição como membros seniores da realeza, no primeiro trimestre de 2020.

Desde então, e segundo informações que deu a Oprah Winfrey, Harry tem vivido com o dinheiro herdado da mãe, que morreu em agosto de 1997 em Paris. “Sem isso não conseguiríamos fazer isto”, confessou à apresentadora, referindo-se à mudança do Reino Unido para a Califórnia.

“Tudo o que eu queria era dinheiro suficiente para arranjar segurança e manter a minha família em segurança”, disse.

Questionado sobre se teria “apanhado a avó de surpresa”, o filho da princesa Diana, que também se afastou da família real após o divórcio com Carlos, revelou que tem “demasiado respeito” pela monarca e que nunca lhe faria isso, tendo conversado três vezes com a Rainha e duas com o pai, antes deste lhe “parar de atender as chamadas”.

Harry lamentou ainda que a sua avó receba “maus conselhos”, embora não tenha sido específico em que assuntos. “Quando és o chefe da Firma, há pessoas ao teu redor que te dão conselhos. E o que também me deixou muito triste é que alguns desses conselhos têm sido maus”, disse à apresentadora.

O Duque de Sussex afirmou ainda que a intenção da Rainha foi descartada pelos seus assessores quando esta tentou convidar o casal a viajar até Sandringham, o local que viria a ser território neutro na discussão do afastamento de Harry. O filho de Carlos e Diana afirmou que recebeu uma mensagem da avó a pedir para que estes a fossem visitar “mal aterrassem” em Londres, mas que posteriormente recebeu uma mensagem da secretária pessoal a cancelar a visita.

Entre as revelações, numa primeira parte da entrevista separada do marido, a antiga atriz revelou que a cor de pele do filho Archie, na altura ainda por nascer, gerou desconforto entre o Palácio de Buckingham.

Embora tenha recusado dizer nomes, Meghan admite a existência de “várias conversas” sobre a probabilidade da cor de pele de Archie ser mais escura devido aos antecessores da duquesa. Segundo Meghan, estas preocupações chegaram ao mesmo tempo em que o Palácio recusou conceder proteção e um título de nobreza ao bebé, ainda que essa seja a tradição.

Devido às proporções desta conversa, com várias pessoas a acusar a família real de racismo, Oprah Winfrey emitiu um comunicado esta segunda-feira onde garantia que a questão do tom de pele de Archie não foi levantada pela Rainha nem pelo seu marido, o Duque de Edimburgo.

Na entrevista, que teve a duração de duas horas, houve ainda tempo para abordar a hipótese de cometer suicídio por parte de Markle perante a pressão a que estava sujeita por parte da monarquia e dos tabloides, da “campanha de difamação” que o Palácio fez parte, de que foi Kate quem a fez chorar na semana do casamento, e não o contrário como a imprensa britânica anunciou, ainda que esta tenha pedido desculpa, que os duques se casaram secretamente três dias antes do casamento oficial e que estão à espera de uma menina, quebrando mais uma tradição da monarquia em anunciar o género do bebé só após o nascimento.

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