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“Prioridade é criar novo rumo”. Movimento CDSXXI repudia corrida a sucessão no CDS-PP

A corrente de opinião liderada por Pedro Borges de Lemos admite que os resultados eleitorais do partido foram “fracos”, mas considera que a prioridade “não é eleger um novo líder”.
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    António Cotrim/Lusa
7 Outubro 2019, 16h33

A corrente interna Movimento CDSXXI considera que não é “consentâneo com os interesses imediatos” do CDS-PP a corrida à sucessão de Assunção Cristas na liderança do CDS-PP. A corrente de opinião liderada por Pedro Borges de Lemos admite que os resultados eleitorais do partido foram “fracos”, mas considera que a prioridade “não é eleger um novo líder”.

“Depois dos fracos resultados eleitorais e da demissão da líder, é tempo de profunda reflexão e de iniciar a construção de uma solução, por todos os que nela quiserem participar, que passe por uma redefinição programática séria e coerente do partido, a ser ratificada no próximo congresso”, indica Pedro Borges de Lemos, numa nota enviada ao Jornal Económico.

O Movimento CDSXXI considera que “a prioridade não é eleger um novo líder que, a seu tempo o congresso encarregar-se-á de fazer democraticamente”, mas “criar um novo rumo que vá ao encontro das aspirações das bases”.

“Não nos parece consentâneo com os interesses imediatos do CDS, posicionarem-se já nomes para a sucessão da atual líder”, adverte a corrente interna não formalizada do CDS-PP.

Nas eleições legislativas deste domingo, os democratas-cristãos tiveram 4,2% dos votos, o pior resultado de sempre do CDS-PP em legislativas. O grupo parlamentar, até agora composto por 18 deputados, vai passar a contar com apenas cinco deputados (João Almeida, Assunção Cristas, Ana Rita Bessa, Cecília Meirelles e Telmo Correia). Depois de ter anunciado a demissão da liderança do CDS-PP, a líder centrista não revelou, no entanto, se se vai manter como deputada na Assembleia da República.

Assunção Cristas anunciou a convocação antecipada do Congresso Nacional do CDS-PP, a fim de eleger um novo líder, o que deve acontecer dentro de poucas semanas. Há já vários nomes que se posicionam para suceder a Assunção Cristas. Entre eles está Abel Matos Santos, líder da corrente interna Tendência Esperança em Movimento (TEM) – tal como o Jornal Económico já tinha noticiado –, Filipe Lobo d’Ávila e João Almeida.

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