A administração do Abanca apresentou esta segunda-feira os resultados do primeiro semestre. A integração do banco português Eurobic, a décima e última aquisição realizada pelo Abanca, contribui para o crescimento do negócio.
O Abanca registou um resultado líquido de 427,1 milhões de euros entre janeiro e junho, o que representa um aumento de 3,7% face ao ano anterior, o que elevou a rentabilidade para 14,6% (RoTE).
Apenas na atividade do Eurobic, cuja compra finalizou em julho do ano passado, os lucros atingiram os 27,1 milhões de euros no primeiro semestre.
O banco liderado por Juan Carlos Escotet e que tem como CEO, Francisco Botas, esclareceu ao Jornal Económico que “uma vez concluída a fusão, apenas permanecerá a marca Abanca” e que “o processo de integração entre o EuroBic e o Abanca estará concluído até ao final de 2025”.
A combinação entre o crescimento das receitas recorrentes e o controlo dos gastos – também influenciados pela incorporação do EuroBic no perímetro de consolidação – permite situar o rácio de eficiência em 51,9%, o que é um dos mais altos do setor. O presidente Juan Carlos Escotet afirmou que uma das prioridades do grupo é melhorar a eficiência.
“Queremos melhorar o rácio de eficiência através do investimento tecnológico, do crescimento das receitas e das sinergias que resultam das últimas integrações”, refere o Abanca.
Sobre a venda do Novobanco ao BPCE, o banco liderado por Juan Carlos Escotet não se pronuncia sobre outras entidades.
Na conferência de imprensa Juan Carlos Escotet disse ainda que o Governo tratou “magnificamente bem” o Abanca, mas garantiu que não há mais compras em Portugal
A última aquisição em Portugal que o grupo espanhol Abanca fez foi a do Eurobic, que segundo as contas semestrais já está a contribuir para melhores resultados consolidados que atingiram um novo número recorde.
Mas para já o grupo galego não prevê crescer por via de mais aquisições, nem em Portugal, nem em Espanha.
O banqueiro Juan Carlos Escotet não tem em vista nenhuma aquisição nesta altura, em nenhuma geografia e disse que “não realizaremos integrações sobre as quais não temos controlo”, abrindo caminho para explorar outras transações que se enquadrem.
O Abanca descartou ainda uma fusão com o Banco Sabadell. “Não tivemos qualquer discussão formal com o Banco Sabadell, nem estamos interessados (…). Não estamos absolutamente interessados numa integração com o Sabadell”, afirmou o presidente do banco, Juan Carlos Escotet, quando questionado sobre o assunto.
A ambição do Abanca ao embarcar nas transações é “ganhar dimensão de mercado, ter maiores quotas de mercado, tornar os bancos mais eficientes, para que tenham a possibilidade de criar valor dentro dos processos de fusão”, embora tenha negado que esteja a procurar dimensão pela dimensão.
Juan Carlos Escotet citou o exemplo do EuroBic para dizer que “não só nos deu uma maior dimensão, como também gerou eficiências consideráveis e permitiu-nos reforçar a nossa posição estratégica num mercado tão importante para nós como Portugal”.
O presidente do Abanca descartou também encerramentos agressivos de agências ou despedimentos devido à complementaridade com os negócios existentes entre o Abanca e o EuroBic.
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