Produção de seguros cai 5% no fim de setembro para 8,5 mil milhões
No final de setembro, a produção global de seguro direto relativa à atividade em Portugal diminuiu 5% face ao período homólogo, situando-se em cerca de 8,5 mil milhões de euros. Os dados são da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) que publicou o Relatório de Evolução da Atividade Seguradora, referente ao terceiro trimestre de 2023.
O ramo Vida apresentou uma quebra de 20,7%, “tendo sido relevante para este decréscimo a diminuição verificada nos seguros de Vida Ligados (50,8%), em particular nos PPR (73,3%)”, avança a ASF.
Já os ramos Não Vida registaram um crescimento de 10%, de onde se destaca o crescimento de 15,9% no ramo Doença, cujo peso relativo na produção passou a ser de 20,4% no final do período.
O relatório da ASF refere ainda que no terceiro trimestre de 2023, o valor das carteiras de investimento das empresas de seguros totalizou 49,2 mil milhões de euros, o que representa um decréscimo de 3% face ao final do ano anterior.
“Na mesma data o volume de provisões técnicas foi de 41,4 mil milhões de euros”, detalha o regulador dos seguros.
“O rácio de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR) – medida do montante de fundos próprios necessários para a absorção das perdas resultantes de um evento de elevada adversidade (VaR 99,5%, um ano) e que resulta da agregação das cargas de capital relativas aos vários riscos a que as empresas de seguros se encontram expostas – foi de 204%, refletindo um acréscimo de sete pontos percentuais face ao final de 2022”, acrescenta a ASF.
Já o rácio de cobertura do Requisito de Capital Mínimo (MCR) – nível mínimo de fundos próprios abaixo do qual se considera que os tomadores de seguros, segurados e beneficiários ficam expostos a um grau de risco inaceitável – foi de 552%, refletindo um aumento de cerca de 35 pontos percentuais face ao final do ano anterior, revela a autoridade liderada por Margarida Corrêa de Aguiar.
