A venda de produtos e prestação de serviços nas Indústrias transformadoras diminuiu 2,1%, em termos nominais, no ano passado, fixando-se em 117,1 mil milhões de euros, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta quinta-feira, 4 de julho. Em 2022, as vendas tinham atingido 119,6 mil milhões de euros.
“Parte significativa desta variação é justificada pelo efeito de estabilização dos preços, dado que o índice de preços na produção industrial (IPPI) não registou variação face a 2022”, justifica o INE.
Para a evolução negativa do total da venda de produtos e prestação de serviços contribuíram sobretudo as atividades de fabricação de coque, os produtos petrolíferos refinados e os aglomerados de combustíveis, com um desempenho de -2,1 pontos percentuais, seguindo-se a fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, exceto produtos farmacêuticos, com -1,4 p.p., e a fabricação de pasta, de papel, cartão e seus artigos, com -0,9 pontos percentuais.
De acordo com o IPPI, estas divisões encontram-se entre as que registaram as maiores reduções de preços na produção industrial em 2023 face a 2022, destacando-se a diminuição de 12,1% na a fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais.
As indústrias alimentares manteve-se como a divisão com maior peso relativo no total da venda de produtos e prestação de serviços (14,7%), tendo crescido 8,4% face a 2022. Seguiram-se a fabricação de veículos automóveis (peso de 9,5%; +3,2% face a 2022) e a fabricação de coque, de produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis (peso de 8,2%; -20,4% face a 2022).
Entre os produtos com maior valor de vendas destacaram-se os Gasóleos e Marine Diesel, as Outras partes e acessórios para veículos automóveis, tratores e veículos para usos especiais e eletricidade hidráulica.
Segundo o INE, o valor da produção industrial vendida no mercado nacional ascendeu a 58,7 mil milhões de euros, sendo ligeiramente superior ao valor das exportações (52,0%; 51,6% em 2022) e diminuiu 1,6% face a 2022.
Já as vendas para os mercados externos, que corresponderam a 54,1 mil milhões de euros, diminuíram 3,2% (+20,7% em 2022), com o mercado extra-UE a registar um decréscimo superior ao do mercado intra-UE (-4,6% face a -2,7%, respetivamente).
A diminuição das vendas de produtos de coque, de produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis justificaram o decréscimo mais significativo para o mercado extra-UE. No mercado intra-UE o contributo mais relevante foi partilhado entre a venda de produtos de coque, de produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis e a venda de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, exceto produtos farmacêuticos.
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