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Produtores queixam-se de atrasos na recolha de banana na Madeira

A Associação de Organizações de Produtores de Banana da Madeira (ABAMA) diz que se verificam atrasos de cinco semanas na recolha e situações em que atinge dois meses. Mais de 100 produtores estão a enfrentar este problema, denuncia a associação.
27 Setembro 2023, 11h16

O presidente da Associação de Organizações de Produtores de Banana da Madeira (ABAMA), Antonino de Abreu, queixa-se de atrasos de pelo menos cinco semanas na recolha de banana, na Região Autónoma da Madeira (RAM), por parte da Empresa de Gestão do Sector da Banana (Gesba), detida a 100% pelo Governo Regional da Madeira. Em causa podem estar mais de 100 produtores, alega Antonino de Abreu.

No caso particular de Antonino de Abreu, segundo a versão que conta ao Económico Madeira, em primeira mão, a recolha de banana não é feita há cinco semanas.

Isto está a colocar em risco mais de cinco toneladas de banana e trazer um prejuízo superior a três mil euros, sublinha Antonino de Abreu.

Mas os atrasos podem ser em alguns casos superiores às cinco semanas.

Antonino de Abreu referiu que tem conhecimento de um caso onde a recolha de banana não é feita há pelo menos dois meses.

Estes atrasos, segundo conta Antonino de Abreu, fazem com que a banana perca a sua qualidade, e posteriormente se venha a degradar ao ponto de depois não estar em condições suficientes para a sua comercialização no mercado.

Ou seja mais de 100 produtores podem enfrentar não só a perda de banana como também se defrontar com avultados prejuízos.

Em 2022 foram reportadas área de produção de banana de 874 hectares e uma produção de 23.892 toneladas, de acordo com a Direção Regional de Estatística (DREM), e uma comercialização de banana reportou-se 22.754.306 quilos.

O presidente da ABAMA refere que a justificação apresentada para não existir recolha de banana durante este tempo prende-se com a falta de pessoal tendo em conta a quantidade de banana recebida pela Gesba.

O Económico Madeira procurou esclarecimento junto da Gesba relativamente às denúncias feitas pelo presidente da ABAMA, mas não obteve resposta até à hora de publicação deste artigo.

Foi tentado contacto também com o diretor de produção da Gesba, João Rosa, mas o Económico Madeira não obteve resposta até à hora de publicação deste artigo.

 

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