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Professores portugueses ganham mais do que outros licenciados

A conclusão é da OCDE e consta do relatório “Education at a Glance 2020”, divulgado esta terça-feira, segundo o qual Portugal é um dos países onde os estudos têm mais retorno salarial.
professores
8 Setembro 2020, 18h15

O relatório “Education at a Glance 2020”, divulgado esta terça-feira, refere que, em média, em Portugal, os salários dos professores estão 40% acima dos salários de outros profissionais com habilitação superior. O que acontece, em média, na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) é o contrário. Os professores em todos os níveis do sistema de educação, desde o pré-primário e o primário, até ao secundário recebem menos: em média, 80% a 94% do rendimento médio dos trabalhadores licenciados.

De acordo com o estudo, nos países e economias da OCDE, a remuneração dos diretores das escolas é, em média, 26% superior ao rendimento do trabalho de outros trabalhadores licenciados.

Portugal é, segundo a OCDE, um dos países onde os estudos mais compensam em termos salariais. De acordo com o estudo, que faz anualmente o retrato do setor da educação, ter o 12.º ano de escolaridade ou um curso superior não é muito diferente em termos de empregabilidade, mas não o é em termos salariais. Os dados mostram uma grande diferença nos salários médios: mais 69% é quanto recebe um um diplomado. A média da OCDE é de 54%.

Segundo o relatório, a proximidade do ensino profissional ao mercado de trabalho promove a facilidade em arranjar emprego, em comparação com os jovens que concluíram a escolaridade obrigatória no ensino regular. Os dados de 2019, referem que 88% dos jovens adultos entre os 25 e os 34 anos com ensino secundário profissional ou qualificação de nível pós-secundário não superior estavam empregados, em comparação com os 83% registados entre os jovens com o 12.º ano do ensino regular. Segundo os dados, em 2019, a taxa de emprego era de 86% entre os portugueses com idades entre os 25 e os 34 anos e cursos superiores.

Por outro lado, os jovens que terminam o ensino superior ganham sobretudo a nível salarial: em 2018, as pessoas entre os 25 e 64 anos, com um emprego a tempo inteiro, ganhavam 69% mais do que os trabalhadores com o nível secundário de ensino.

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