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Proibição da venda de carros a gasolina e diesel na Europa “deve ser exemplo para o mundo”, diz eurodeputada

Na opinião da socialista Sara Cerdas, “os grupos políticos da direita – PSD e CDS – votaram contra e tentaram bloquear a proposta, protegendo a indústria e ignorando os apelos da ciência”.
14 Fevereiro 2023, 14h50

A eurodeputada Sara Cerdas, relatora sombra do grupo parlamentar do Partido dos Socialistas Europeus (S&P) afirma, considera que a proibição da venda de carros a gasolina e a gasóleo até 2035 na União Europeia (UE), aprovada esta terça-feira pelo Parlamento Europeu, é uma medida que “deve ser exemplo para o resto do mundo”.

“Chegou a altura de a UE responsabilizar-se pelas suas emissões e de tomar a liderança a nível mundial do combate às alterações climáticas. O sector dos transportes representa 25% do total de emissões de carbono na Europa e os carros e carrinhas são responsáveis por mais de 70% das emissões nas nossas estradas”, alerta.

Sara Cerdas considera que a “ação antecipada é importante devido à vida útil dos veículos”. “No último ano e meio este Parlamento trabalhou incansavelmente para produzir um pacote legislativo climático ambicioso, justo e virado para o futuro. Não há tempo a perder e a UE tem de atuar agora”, afirma.

O Parlamento Europeu deu esta manhã ‘luz verde’ à lei que estabelece que, a partir de 2035, todos os carros novos e comerciais vendidos nos 27 Estados-membros terão zero emissões de dióxido de carbono (CO2), com 340 votos a favor, contra 279 votos e 21 abstenções.

Na opinião da eurodeputada socialista, “os grupos políticos da direita – PSD e CDS – votaram contra e tentaram bloquear a proposta, protegendo a indústria e ignorando os apelos da ciência sobre a urgência de mais ação climática”.

Segundo a negociadora do regulamento pelo S&D, ao qual pertence o PS, a proposta legislativa tem essencialmente três objetivos: contribuir para os objetivos climáticos da UE até 2030 e 2050, reduzindo as emissões de CO2 dos automóveis, proporcionar benefícios aos cidadãos, como a melhor qualidade do ar ou o preço mais baixo destes veículos e estimular a inovação quer dos fabricantes quer dos fornecedores da UE, promovendo o chamado “emprego verde”.

“A ligação entre o ambiente e a nossa saúde é evidente: um quarto das mortes a nível mundial são causadas por problemas ambientais, a poluição do ar é responsável por 10% dos cancros na Europa e um grau de aumento na temperatura média leva a 2% maior risco em acidentes cardiovasculares”, adverte.

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