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Projeto da Vodafone que vai ligar Portugal a 32 países foi reconhecido como de interesse público

Em causa está um cabo submarino que deverá ligar os países através de banda ultra larga com uma capacidade de 180 TB/s. Assim sendo, é de interesse público, na avaliação da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos.
19 Fevereiro 2024, 18h36

Um projeto de cabos submarinos de telecomunicações, que vai ter cerca de 45 mil quilómetros de comprimento e vai ligar 33 países, foi reconhecido como sendo uma ação de relevante interesse público por parte da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM).

O cabo “2Africa” resulta de um investimento da Vodafone e terá na praia de Carcavelos (concelho de Cascais) um dos seus pontos de contacto com o continente. O objetivo passa por ligar os países envolvidos através de uma banda ultra larga, com uma capacidade total de 180 TB por segundo. Em causa estão cinco países na Europa, 19 em África, sete no Médio Oriente e dois na Ásia, segundo esclarece o diretor-geral da DGRM, José Carlos Simão, num comunicado enviado às redações.

Trata-se de um projeto promovido por um consórcio internacional formado por oito parceiros, com base num sistema internacional de cabos submarinos de telecomunicações de acesso aberto e de última geração. A instalação deverá estar totalmente operacional ainda este ano.

De recordar que a instalação e exploração do cabo submarino 2Africa em Portugal foi possibilitada por um contrato de utilização privativa do espaço marítimo nacional entre a DGRM e a Vodafone. Em vista esteve a concessão da utilização privativa do espaço marítimo nacional (TUPEM) numa área com um metro de largura e uma extensão de aproximadamente dois mil quilómetros.

Em causa está “um sistema de cabos submarinos que liga a Europa e circundará todo o continente africano”, refere ainda o responsável. Nesse sentido, o cabo submarino vai possibilitar “a interligação da economia portuguesa a um dos principais backbones de transmissão de dados do mundo”.

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