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Próximo CEO do SNS? Estes são três nomes possíveis

Gandra D’Almeida demitiu-se por suspeitas de acumulação indevida de funções. Governo está a trabalhar para encontrar o novo diretor executivo do SNS e promete anunciá-lo em breve.
Ministra da Saúde Ana Paula Martins SNS
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, fala aos jornalistas após a reunião do Conselho de Ministros sobre o Plano de emergência e transformação na saúde, realizada na Residência Oficial, em São Bento, Lisboa, 29 de maio de 2024. FILIPE AMORIM/LUSAfilipe a
20 Janeiro 2025, 13h55

O Governo prometeu anunciar em breve o novo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), cargo deixado vago após a demissão de António Gandra D’Almeida, por suspeitas de acumulação indevida de funções, e terá em mãos uma lista de três possíveis substitutos, de acordo com Health News, um site especializado em jornalismo de saúde.

São eles: Carlos Martins, secretário de Estado da Saúde do governo de Durão Barros e atual presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Santa Maria; Álvaro Santos Almeida, antigo presidente da Entidade Reguladora da Saúde, e Miguel Guimarães, deputado do PSD e ex-bastonário da Ordem dos Médicos, um nome que chegou a ser aventado como possível ministro da Saúde aquando da formação do atual executivo.

Em declarações aos jornalistas esta manhã na Maia, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse estar a trabalhar com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, para encontrar o substituto de Gandra D’Almeida na direção executiva do SNS, prometendo dar nota “muito brevemente” da escolha.

Luís Montenegro assinalou ainda que a Assembleia da República pode e deve “acompanhar” as circunstâncias que levaram à demissão de Gandra D’Almeida, mas não quis envolver-se na polémica ou tecer qualquer comentário, por acreditar ser apenas competência do Governo encontrar um novo CEO do SNS.

O diretor executivo do SNS pediu a demissão “imediata” do cargo na última sexta-feira, pouco depois de a SIC Notícias ter noticiado que Gandra D’Almeida acumulou, durante mais de dois anos, as funções de diretor do INEM do Norte, com sede no Porto, com as de médico tarefeiro nas urgências de Faro e Portimão.

Segundo o canal, a lei diz que é essa acumulação incompatível, mas António Gandra D’Almeida conseguiu que o INEM lhe desse uma autorização com a garantia de que não ia receber vencimento. No entanto, através de uma empresa que criou com a mulher e da qual era gerente, terá recebido “mais de 200 mil euros por esses turnos”.

As suspeitas em causa, que ditaram a demissão, levaram a abertura de um processo de inspeção por parte da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

Do lado do principal partido da oposição, Pedro Nuno Santos acusou o Governo de incompetência, desnorte e de falhar no setor da saúde, considerando que a demissão do diretor-executivo do SNS fragiliza o executivo de Luís Montenegro. “O Governo fez tudo para que o [ex] diretor executivo Fernando Araújo se demitisse. Um diretor executivo competente, consensual na sociedade portuguesa e que estava a fazer um trabalho importante. Fez tudo para que o anterior diretor executivo saísse de funções e não fez nada para ter um diretor executivo novo à altura dos desafios que temos no SNS”, apontou o secretário-geral do PS.

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