O secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, afirmou esta quinta-feira que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “permitirá aumentar o perfil de especialização das empresas”, durante a reunião plenária.
Durante o debate requerido pelo Partido Social Democrata (PSD) sobre competitividade, João Neves demonstrou-se positivo quanto à recuperação da economia portuguesa. Durante a sua intervenção, o secretário de Estado referiu que “este plano permitirá aumentar o perfil de especialização das nossas empresas” quando falava sobre o PRR.
Segundo João Neves, o PRR vai ainda reforçar “a capacidade para investir, reformar e transformar estruturalmente através de investimentos disruptivos na progressão das cadeias de valor e de maior incorporação tecnológica nos nosso produtos e serviços”.
Apesar do otimismo do Governo, um estudo do ISCTE para a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), apresentado a 14 de junho, revela que a maioria das empresas acredita que o PRR terá pouco impacto na sua atividade. Segundo o professor do ISCTE Pedro Manuel Esteves quando questionados sobre o impacto do PRR na empresa, “55% [dos participantes do estudo] consideram que não terá significado algum para a atividade da sua empresa”. “Apenas 14% consideram que poderá ter algum significado”, referiu o especialista.
De recordar que a presidente da Comissão Europeia anunciou, na quarta-feira, 16 de junho, que aprovou o PRR português, mas avisou que este momento “não é o fim do trabalho” já que “o trabalho árduo começa agora”
Ainda assim, o PRR não é a única fonte de esperança mencionada pelo secretário de Estado que apontou dados do INE e IEFP de abril. “Os dados mais recentes relativos a abril são esperançosos, as exportações de bens apresentam um crescimento de 83% superando inclusivamente em cerca de 7%, os índices de volume de negócio na indústria nos serviços, disponibilizados pelo INE, cresceram em torno de 50%. Os dados do IEFP indicam que o desemprego recuou em abril”, sublinhou João Neves.
O secretário de Estado destacou também que “desde 2015 a estratégia competitiva de Portugal tem estado assente em políticas públicas claras”, mas também no “investimento privado, nas competência, na inovação e na indústria moderna e serviços de valor acrescentado”.
“O debate e as escolhas democráticas exigem opções clareza e escrutínio dos resultados com base em dados ao contrário daquilo que foi prosseguido no início da década passada em que a prioridade consistiu numa desvalorização competitiva com redução dos salários”, frisou João Neves.
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