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PS, BE e PCP chumbam isenção do IMI para os imóveis que arderam nos incêndios

Deputado social-democrata Miguel Morgado denuncia no Twitter chumbo da proposta do PSD. O PSD já disse que vai votar contra o Orçamento de Estado.
  • Foto cedida
25 Novembro 2017, 10h12

O PS, o BE  e o PCP chumbaram ontem a proposta do PSD de isenção de IMI para 2017 e 2018 para os imóveis que arderam nos incêndios. Quem perdeu a casa nos incêndios vai assim ter de pagar IMI.

O deputado do PSD, Miguel Morgado, critica no Twitter o facto de “o PS e extrema-esquerda terem chumbado todas as propostas do PSD de apoios vários às vítimas e prejuízos provocados pelos incêndios” e adianta que não estará disponível para “consensos” com o Governo de António Costa

O PSD recomenda que todos os cidadãos que perderam as habitações ou outros bens sujeitos a IMI devem pedir a reavaliação dos imóveis que deixaram de existir ou ficaram desvalorizados.

O Grupo Parlamentar do PSD (GPPSD) votará contra o Orçamento do Estado (OE) para 2018”, assegurou esta sexta-feira Hugo Soares. “A proposta apresentada ao Parlamento não correspondia aos anseios da sociedade portuguesa”, explicou o líder parlamentar, argumentando que “é um orçamento que não traz futuro, não aponta nenhuma reforma estrutural das que são necessárias fazer no País”.

Classificou-o, assim, de “um orçamento injusto do ponto de vista social”, na medida em que “continua a agravar os impostos indiretos e, esses, são os que mais penalizam os que menos têm”. Para o PSD, as opções políticas adotadas são erradas e resultam num “conjunto de peças coladas por uma maioria parlamentar que tem uma visão muito diferente do País e, sobretudo, uma visão completamente antagónica daquilo que é a construção europeia”.

“Ao dia de hoje [sexta-feira dia 24] das 62 propostas [de alteração ao OE] apresentadas pelo Grupo Parlamentar do PSD, foram rejeitadas as 62 pela maioria: PCP, BE e PS”, contabilizou Hugo Soares. “Acho que ninguém acredita que, nas 62 propostas não houvesse uma que pudesse ter o mérito de colher o apoio dos demais grupos parlamentares”, afirmou, salientando que “esta forma autocrática demonstra bem que o PS não precisa, mesmo, do PSD para governar, nem das soluções que o PSD apresenta”. Destacou, assim, que esta rejeição “demonstra bem como o BE, PCP e PS lidam com as opiniões diferentes, ainda que elas possam ter algum mérito”.

O  deputado do PSD explicou que desenvolveu um conjunto de propostas de alteração que “visavam mitigar e melhorar este OE do ponto de vista da justiça social, do apoio direto aos mais jovens e mais idosos, na resposta que, ainda, é necessário dar às vítimas da tragédia dos incêndios, na aposta num crescimento sustentável, numa sociedade mais justa e liberta de privilégios”.

Hugo Soares salientou que o próprio debate na especialidade “tem vindo a demonstrar que o orçamento vai piorando dia após dia”, acentuando-se assim “a necessidade de oposição frontal do PSD”.

 

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