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PSD apela à UE para encontrar “solução urgente” para ataques terroristas em Moçambique

“O Norte de Moçambique enfrenta, desde 2017, ações terroristas de extremismo violento de grupos jihadistas”, lembrou o partido social democrata.
  • Manuel de Almeida/LUSA
14 Julho 2020, 11h59

O PSD apelou à União Europeia “para que seja encontrada uma solução internacional que permita a Moçambique enfrentar os ataques terroristas em Cabo Delgado”, num projeto de resolução que deu entrada na Assembleia da República, a 13 de julho.

“A luta contra o terrorismo e a prevenção do extremismo violento têm sido prioridades da União Europeia, em consonância com a Estratégia Mundial contra o Terrorismo e o Plano de Ação para Prevenir o Extremismo Violento, das Nações Unidas”, apontou o PSD.

“O Norte de Moçambique enfrenta, desde 2017, ações terroristas de extremismo violento de grupos jihadistas”, lembrou o partido social democrata que acrescentou que este é  “um território extremamente pobre, apesar de ter riquezas naturais enormes, nomeadamente reservas de gás natural que são as maiores de toda a África”.

Para o PSD, “a comunidade internacional não pode alhear-se desta tragédia humanitária. A pandemia não pode ser desculpa para a União Europeia ou Portugal se desinteressarem da sorte de toda esta população do norte de Moçambique”

Além do pedido feito pelo partido, o PSD referiu ainda a posição de Augusto Santos Silva sobre a situação vivida a sul de África.  O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros pediu, a meados de junho, para que fosse encontrada “uma solução internacional que permita a Moçambique enfrentar os ataques terroristas no norte do país”.

A 27 de junho, um grupo terrorista islâmico realizou um ataque “muito violento” na vila de Mocimboa da Praia, no norte de Moçambique, que provocou várias vítimas mortais entre as forças de segurança, segundo noticiado pela agência Reuters.

“As forças de segurança estão a travar um combate violento porque foram atacadas com um grande poder de fogo”, relatou uma fonte à Reuters. O ministério da Defesa e a polícia não comentaram o ataque.

Antes do atentado levado a cabo em junho, já tinha existido outra tentativa. “No dia 7 de abril foram abatidos 39 terroristas, numa tentativa de ataque a Muidumbe. Na madrugada de 10 de abril foram abatidos outros 59 como resultado de um ataque que protagonizaram na Ilha das Quirimbas. Na noite de 11 e 12 foram abatidos mais 30 insurgentes que tentavam atacar a Ilha do Ibo em quatro embarcações, disfarçados de pescadores”, revelou o  ministro do Interior de Moçambique Amade Miquidade.

Em abril, o ministro do Interior de Moçambique garantiu ainda que a “a situação em Cabo Delgado neste momento está sob controle: identificámos onde o inimigo se encontra e suas bases, enquanto as Forças de Defesa e Segurança estão estrategicamente preparadas para mais uma ofensiva”.

 

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