O Conselho Nacional do PSD aprovou nesta sexta-feira o apoio à recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à Presidência da República, tal como foi proposto pela Comissão Política Nacional presidida por Rui Rio aos membros desse órgão do partido que esteve reunido em Olhão. Não houve nenhum voto contra, mas menos de uma dezena de conselheiros nacionais optaram pela abstenção.
“O atual Presidente da República é o candidato que nos dá mais garantias de equilíbrio e de união nacional no quadro de crise que Portugal atravessa”, lê-se no texto elaborado pela Comissão Política Nacional, onde também se defende que “todos os demais candidatos personalizam projetos de ruptura que, no momento histórico que atravessamos, se afiguram de elevado risco para uma superação mais rápida e mais tranquila das dificuldades que o país tem pela frente”.
Apesar do apoio à recandidatura do ex-líder social-democrata ao Palácio de Belém, foi reconhecido que “ao longo do seu primeiro mandato, o PSD nem sempre tenha estado concordante com todas as posições políticas por ele assumidas”. Algo que não invalida que os conselheiros nacionais estejam “conscientes de que o exercício do mais alto cargo da Nação implica uma ação política transversal e desligada de fidelidades partidárias”.
Marcelo Rebelo de Sousa tem reservado a decisão sobre a recandidatura para novembro, alegando dúvidas quanto às suas condições de saúde para mais cinco anos na Presidência da República, pelo que o texto da Comissão Política Nacional que apoia a sua recandidatura termina com o desejo de que “seja também essa a sua vontade” e garante respeitar “o momento político que entenda escolher para anunciar a sua decisão ao país”.
Depois do PSD, também o CDS deverá declarar apoio a Marcelo Rebelo de Sousa, tal como fez aquando da primeira candidatura, tendo o líder centrista Francisco Rodrigues dos Santos dito já que “a direita não tem um candidato, mas tem um Presidente”. O PS irá decidir qual será a posição quanto às presidenciais de janeiro de 2021 numa reunião da Comissão Política a realizar em outubro, da qual se espera que saia uma indicação de liberdade de voto, após vários dirigentes terem admitido votar no atual Presidente da República, embora a candidatura independente da ex-eurodeputada socialista Ana Gomes também reúna algumas figuras do seu partido e conte ainda com a declaração de apoio do Livre.
Os restantes candidatos presidenciais têm o apoio dos respetivos partidos: Marisa Matias (Bloco de Esquerda), André Ventura (Chega), João Ferreira (PCP), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), Bruno Fialho (PDR) e Vitorino “Tino de Rans” Silva (RIR).
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