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PSD defende que desconfinamento não deve avançar nos concelhos com risco mais elevado

O presidente do PSD, Rui Rio, entende que é “prudente” que os concelhos com indicadores de risco mais elevado e os concelhos limítrofes a esses não avancem já com a próxima fase de desconfinamento, para não obrigar mais tarde a parar todo o país. Pede ainda ao Governo para reforçar a testagem e vacinação contra a Covid-19.
  • António Cotrim/LUSA
13 Abril 2021, 18h44

O Partido Social Democrata (PSD) defendeu esta terça-feira que o plano de desconfinamento não deve avançar nos concelhos com indicadores de risco mais elevado e nos concelhos limítrofes a esses. O presidente do PSD, Rui Rio, entende que é “prudente” que esses concelhos não entrem já na terceira fase de desconfinamento, para não obrigar mais tarde a parar todo o país.

“O que deve ser feito, em primeiro lugar, é não continuar com o desconfinamento global do país nos concelhos com indicadores de risco mais elevado e nos concelhos que têm fronteira com esses concelhos, enquanto não tiverem os indicadores de risco num plano aceitável”, sugeriu Rui Rio, após ter reunido com o Presidente da República, por videoconferência, sobre a renovação do estado de emergência.

Se o Governo não travar já o plano de desconfinamento (que irá entrar na terceira fase, com a reabertura de lojas, cafés, restaurantes, centros comerciais e o regresso às aulas dos alunos do ensino secundário e superior) previstos nos concelhos com maior número de caso por habitante, o presidente do PSD alerta que “daqui por um mês ou dois” será necessário “travar o país todo outra vez”. “Era prudente não desconfinarmos tudo”, reiterou.

Segundo dados da Direção Geral da Saúde (DGS), há 29 concelhos com mais de 120 novos casos da Covid-19 por 100 mil habitantes, o limite de incidência estabelecido pelo primeiro-ministro. O concelho onde a situação é mais grave é Alandroal, no Alentejo, com 581 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

O líder social-democrata defendeu ainda que o Governo tem de fazer “um maior esforço” na testagem, que “não tem corrido da melhor maneira”, sobretudo nas escolas. Se a ideia é reabrir o país, Rui Rio entende que é preciso “fazer os testes como devem ser feitos e o mais acelerado possível” para que se possa “minorar o risco” e fazer o rastreio evidentemente bem feito aos casos detetados” de Covid-19 no país.

Sobre a vacinação, o presidente do PSD considerou que a situação “melhorou relativamente àquilo que era a situação há uns meses”, mas ainda assim não está “no ritmo previsto”, devido aos atrasos na distribuição das vacinas. “Agora o que se pede é que se acelere e se cumpra o novo plano para que, na primeira semana de junho, se possa ter todas as pessoas com mais de 60 anos vacinadas em Portugal”, que representam “96% dos óbitos em Portugal”, referiu.

Rui Rio adiantou ainda que o PSD é favorável à renovação do estado de emergência, cujo decreto presidencial será discutido e votado esta quarta-feira no Parlamento, e salientou que a posição do partido “é sempre a de não obstaculizar a que o Governo tenha todos os meios necessários para controlar a pandemia”.

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