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PSD diz que Programa de Estabilidade “vai ser chumbado pelos portugueses em outubro”

O deputado social-democrata António Leitão Amaro critica a “hipocrisia” dos partidos que sustentam o Governo e diz estar cético em relação ao cumprimento das metas do Programa de Estabilidade.
24 Abril 2019, 11h00

O Partido Social Democrata (PSD) considera que o Programa de Estabilidade apresentado pelo Executivo de António Costa vai ser chumbado pelos portugueses “nas eleições de outubro”. O deputado social-democrata António Leitão Amaro critica a “hipocrisia” dos partidos que sustentam o Governo e diz estar cético em relação ao cumprimento das metas do Programa de Estabilidade.

“Debatemos aqui um Programa de Estabilidade que não é verdadeiramente para cumprir. Nunca seria para cumprir tendo em conta que os senhores [Governo] já nos habituaram que a carga fiscal é sempre muito mais alta do que a que prometeram e o investimento público é sempre muito menor do que aquele que anunciaram”, afirmou António Leitão Amaro, em debate no Parlamento do Programa de Estabilidade, esta quarta-feira.

António Leitão Amaro defendeu que o Programa de Estabilidade não é para cumprir “porque vai ser chumbado”. “Talvez não aqui hoje, dada a habitual hipocrisia política do Partido Comunista e Bloco de Esquerda, (…) mas este Programa de Estabilidade vai ser chumbado pelos portugueses em outubro”, sustentou o social-democrata, acrescentando que, tal como o crescimento do país, o apoio ao Partido Socialista (PS) tem, “mês após mês, vindo a cair e a ser sempre revisto em baixa”.

O deputado do PSD acusou ainda o Governo de não ter feito as reformas necessárias para o país e de isso se estar a verificar na desaceleração do crescimento da economia. “Este é o último Programa de Estabilidade que trazem a debate, mas ele é sobretudo para lamentar”, lembrando que o Conselho de Finanças Públicas (CFP) rejeitou o Programa de Estabilidade e veio notar que o Governo “recorre sempre a mais receitas, ou seja, mais impostos, para acomodar pressões adicionais na despesa”.

No Programa de Estabilidade, o Governo manteve a meta de défice de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2019 e antecipou um excedente para 2020, de 0,3% do PIB. Já o crescimento da economia para este ano foi revisto em baixa para 1,9%, menos 0,3 pontos percentuais do que o Governo tinha antecipado.

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