PSD Madeira diz que processo de reversão da privatização da TAP foi um “verdadeiro desastre”

O deputado do PSD Madeira, Brício Araújo, considerou que o processo de reversão da privatização da TAP foi um “verdadeiro desastre”, lembrando os alertas da Comissão Europeia que essa reversão “implicava riscos orçamentais suplementares” e do Tribunal de Contas que a reconfiguração accionista “agravava substancialmente as responsabilidade do Estado, com menos direitos económicos e assumia novas obrigações financeiras”.

Na sessão plenária da Assembleia Legislativa da Madeira, Brício Araújo acusou a TAP de ter renunciado ao “cumprimento de obrigações de coesão e continuidade territorial e de serviço público”, que lhe deveriam ter sido impostos pelo Estado.

O social democrata reforçou que o Estado abdicou em absoluto da “gestão executiva da companhia, e de direitos como tomar a posição do privado por 10 milhões de euros, caso divergi-se na estratégia de gestão”, no processo de reversão da privatização da TAP, para além de ter renunciado à “gestão, ao controlo efetivo e às garantias de salvaguarda de boa gestão e de interesse público.

“O acordo de reversão tinha muitas fragilidades, erros, e precipitações. Promessas de lucro não cumpridas, falta de pontualidade, cancelamentos, acordos com empresas detidas pelos accionistas privados, e prejuízos, e mesmo com anos de prejuízos superiores de 100 milhões de euros pagava-se prémios a trabalhadores, não a todos, apenas a 180 dos quase 10 mil trabalhadores da companhia aérea”, disse o deputado do PSD.

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