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PSD não vai tentar travar nomeação de Centeno para o Banco de Portugal

Os social-democratas não concordar, mas não vão fazer nada para impedir que o ex-ministro Mário Centeno passe à condição de Governador do banco de Portugal.
  • Cristina Bernardo
25 Junho 2020, 20h52

O vice-presidente social-democrata, Nuno Morais Sarmento, disse em conferência de imprensa que o PSD tem “uma posição desfavorável à escolha de Mário Centeno” mas admitiu que a nomeação do ex-ministro das Finanças será “legal e regular”. Ou, dito de outra forma, o PSD vai abster-se de, no Parlamento ou em qualquer outra sede, tentar reverter a indicação do ex-ministro das Finanças para o banco central.

Morais Sarmento disse ainda que o PSD “não aprovará nenhuma lei ad hominem” que sirva para travar exclusivamente esta nomeação no Parlamento, pelo que já não há qualquer impedimento para que o Governo avance com aquilo que todas sabiam que iria suceder.

Na generalidade o PSD tinha aprovado uma proposta do PAN que impedia os governantes de saírem diretamente do Governo para o banco central, obrigando ao cumprimento de um período de nojo de cinco anos. O PSD considera que a nova lei, com que está genericamente de acordo, não deve ser aplicada de imediato, o que iria ‘pessoalizar’ a questão.

Os novos projetos devem “mudar as regras não a meio do jogo, mas no fim do jogo”, disse Morais Sarmento, repetindo o que o líder social-democrata, Rui Rio, já vinha afirmando há vários dias. “Que se aplique para o futuro, mas que não sirva para resolver problemas concretos, que não seja uma lei ad hominem“, disse Morais Sarmento.

Apesar de não ir aprovar uma lei para impedir Centeno de ir para o Banco de Portugal, o PSD deixou duras críticas à escolha do ex-ministro das Finanças. A escolha é “desaconselhável” e que não era uma escolha que o PSD faria porque “não traz clareza ao Governo”.

Morais Sarmento também criticou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, por ‘explicar’ o caso recorrendo ao histórico de outros ex-ministros que passaram para o Banco de Portugal, uma vez que os tempos e os contextos são completamente diferentes.

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