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PSD pede esclarecimentos ao ministro do Ambiente sobre central nuclear de Almaraz

A bancada social-democrata acusa o ministro de não ter demonstrado, até à data, “particular preocupação com a situação” e nota que as três empresas elétricas espanholas chegaram a acordo para a prolongação da atividade da central nuclear.
28 Março 2019, 07h38

O Partido Social Democrata (PSD) quer que o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, esclareça em que ponto de situação está a questão da central nuclear de Almaraz, em Espanha. A bancada social-democrata acusa o ministro de não ter demonstrado, até à data, “particular preocupação com a situação” e nota que as três empresas elétricas espanholas chegaram a acordo para a prolongação da atividade da central nuclear.

Os deputados do PSD lembram que “o Governo espanhol havia aprovado recentemente o calendário de encerramento de todas as centrais espanholas entre 2025 e 2035”, devendo a central de Almaraz ser encerrada em 2024 (2023 o reator I e 2024 o reator II). No entanto, os sociais-democratas dão conta de que, de acordo com a imprensa internacional, as três companhias elétricas ali presentes chegaram a acordo para “prolongar a vida útil dos reatores” da central.

Em causa está a solicitação por parte da Iberdrola, Endesa e Naturgy da renovação da licença para explorar o complexo por mais oito anos, até 2027 e 2028. A bancada liderada por Fernando Negrão quer, por isso, saber se estão a ser cumpridas as normas internacionais no sentido de Espanha envolver Portugal no processo de eventual prolongamento do licenciamento e se já foi efetuada alguma diligência em relação a esta situação.

“Os alertas têm sido muitos, desde o PSD e outros partidos políticos, a movimento de cidadãos, a organizações ecologistas como a Greenpeace e a Zero, etc. ‘a probabilidade de um acidente grave, quer contaminando o Tejo quer podendo contaminar a atmosfera da região em volta, será acrescida com uma fadiga de material para além dos 40 anos [de funcionamento], que já era exagerado”, escrevem os sociais-democratas a João Pedro Matos Fernandes.

O PSD acusa ainda o governante de não ter demonstrado, “nas diversas audições que decorreram no Parlamento, particular preocupação com a situação, como se a mesma não tivesse potencialidade de afetar o nosso país”.

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