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PSD quer criação do Dia Nacional do Psicólogo para reforçar o papel dos profissionais na sociedade

Com a criação deste dia, o PSD pretende “reforçar o conhecimento sobre a psicologia e o papel dos psicólogos na sociedade nas diferentes áreas de atuação”, como escolas, centros de saúde e comunitários e outros, segundo o projecto de resolução que deu entrada no Parlamento. Bastonário da Ordem dos Psicólogos aplaude iniciativa.
28 Maio 2018, 15h23

O Partido Social Democrata (PSD) recomenda ao Governo que consagra o dia 4 de setembro como “Dia Nacional do Psicólogo”. A iniciativa consta de projecto de resolução dos deputados do grupo parlamentar dos sociais-democratas, entregue no Parlamento nesta sexta-feira, 25 de maio, onde é salientado que esta consagração “é o reconhecimento público devido ao enorme contributo que a Psicologia tem para a saúde e o próprio em bem estar dos portugueses”.

Com a criação deste dia, de acordo com o diploma, o PSD quer “reforçar o conhecimento sobre a psicologia e o papel dos psicólogos na sociedade nas diferentes áreas de atuação”, nomeadamente junto de vários grupos populacionais. E sinaliza que, desta forma, também se clarificam  “as diversas responsabilidades daqueles profissionais no contexto da prestação de cuidados de saúde” e se favorece “um adequado acesso das pessoas aos cuidados de que necessitam, designadamente aos serviços de psicologia”.

No projecto de resolução, o grupo parlamentar do PSD salienta que a própria Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) “comunga do desiderato” de criação deste dia nacional, recordando que já propôs o dia 4 de setembro, por se tratar da data em que a Lei que instituiu a referida organização reguladora dos profissionais de psicologia, foi publicada. Esta Ordem, liderada pelo bastonário Francisco Miranda Rodrigues, está, assim, prestes a ver concretizada uma das medicas inscritas no seu programa eleitoral.

Bastonário diz que o projeto é relevante

Em declarações ao Jornal Económico o Bastonário da Ordem dos Psicólogos, Francisco Miranda Rodrigues, diz que a relevância do projeto de resolução social-democrata “é bastante grande, para uma profissão como a do psicólogo”.  E a verdade é que não há nenhum dia internacional, ou mundial do psicólogo, através do qual se possam associar iniciativas de divulgação da profissão. No Brasil há um dia Nacional que, tal como se propõe para Portugal, coincide com a data em que a profissão foi criada, no final da década de 70 do século passado.

Francisco Miranda Rodrigues acredita que a consagração de um “Dia Nacional do Psicólogo”, irá “reforçar, na prática, a colocação de mais psicólogos nas diversas áreas onde estes profissionais atuam, permitindo simultaneamente um reconhecimento que leve à valorização do seu papel”.

Recorde-se que a OPP defende a criação do Dia Nacional do Psicólogo como forma de dar a conhecer o objecto de estudo da Psicologia e o papel dos Psicólogos na sociedade e em diferentes áreas de actuação, junto de variados grupos populacionais e contextos (escolas, centros de saúde, centros comunitários e outros). A Ordem dos Psicólogos Portugueses entregou, em setembro do ano passado, na Assembleia da República, um pedido para decretar o dia 4 de setembro como o “Dia Nacional do Psicólogo”

No projecto de resolução agora entregue no Parlamento, o PSD destaca a “inegável a importância e a relevância” que estes profissionais desempenham na sociedade, realçando que o âmbito de intervenção psicológica “é alargado e expansivo e, por isso, coloca os Psicólogos numa posição privilegiada para contribuir para a análise compreensiva e para a construção de respostas aos inúmeros desafios económico-políticos, sociais e individuais com que a sociedade portuguesa se confronta actualmente”.

Entre estes desafios, os sociais-democratas destacam as crises económicas, assim como o desemprego, o endividamento e a criminalidade que, “não raras vezes”, lhe estão associados. E também o envelhecimento da população e as respetivas implicações nos níveis de qualidade de vida, dor e doença. Assim como as desigualdades económicas e de género, orientação sexual, deficiência e incapacidade. O PSD sinaliza ainda os riscos psicossociais no trabalho e o stress ocupacional; as relações interpessoais e os problemas prementes, como a violência doméstica e no namoro, o bullying e o ciberbullying; e a saúde física (diabetes e doenças cardiovasculares ou oncológicas) e a saúde psicológica (ansiedade e depressão).

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