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PSD quer mudança de primeiro-ministro “para Portugal deixar de ser uma pátria adiada”

Vice-presidente social-democrata André Coelho Lima criticou “postura contemplativa” do Governo na reação à mensagem de Natal de António Costa. Referindo-se à ‘bazuca europeia’, disse que “não houve uma palavra de ambição e de futuro quanto àquilo que o Governo de Portugal pretende fazer com os meios extraordinários que terá ao seu alcance”.
  • Flickr/PSD
26 Dezembro 2020, 12h35

O vice-presidente do PSD André Coelho Lima respondeu à mensagem de Natal de António Costa com um apelo à necessidade de Portugal ter um novo primeiro-ministro. “Para a crise ser uma oportunidade precisamente de ter ao leme do país quem seja capaz de nos apresentar uma ambição, um rumo, um projeto, um programa para Portugal deixar de ser uma pátria adiada que precisa ciclicamente de fundos externos”, disse o também deputado social-democrata.

Segundo André Coelho Lima, na mensagem de Natal transmitida aos portugueses na sexta-feira “não houve uma palavra de ambição e de futuro quanto àquilo que o Governo de Portugal pretende fazer com os meios extraordinários que terá ao seu alcance”, sendo a falta de indicações concretas quanto ao destino dos fundos comunitários da ‘bazuca europeia’ uma “manifestação paradigmática da forma de governar deste Governo e, muito particularmente, deste primeiro-ministro”.

Referindo-se à vacina contra a Covid-19, e ao seu “óbvio e enorme efeito” na recuperação de Portugal e de outros países, o vice-presidente social-democrata afirmou que, depois de ser “apanhado de surpresa” na primeira fase da pandemia, o Governo “manteve uma postura contemplativa que levou a que fossem cometidos erros numa altura em que não eram admissíveis ou, pelo menos, eram menos toleráveis”.

Sem se esquecer de realçar que a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, que começa dentro de dias, “não mereceu uma única palavra por parte do primeiro-ministro”, André Coelho Lima disse concordar com os grupos da sociedade portuguesa aos quais António Cota demonstrou gratidão e solidariedade, destacando os profissionais de saúde na primeira linha de combate à Covid-19 “e às outras doenças que permaneceram no nosso país”, bem como os cuidadores de idosos, “que nem sempre são lembrados e que sofreram uma fortíssima pressão durante este ano”.

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