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PSD: Rio fala de “assalto ao poder” e tenta adiar votação

À entrada do Conselho Nacional, o presidente do PSD acusou de tentativa de “assalto ao poder” quem criticou o seu apelo de adiar a marcação de eleições diretas para depois do Orçamento. Paulo Rangel acha estranho que uma questão interna fique nas mãos do PS.
14 Outubro 2021, 21h41

O presidente do PSD acusou esta noite de tentativa de “assalto ao poder” quem criticou o seu apelo de adiar a marcação de eleições diretas para depois do Orçamento, e anunciou que levará a proposta a votos.

À entrada para o Conselho Nacional do PSD, Rio escusou-se a comentar a anunciada candidatura do eurodeputado Paulo Rangel nem adiantar se ele próprio será recandidato.

“Hoje, ouvi um conjunto de ataques, alguns de caráter pouco nobre só porque fiz uma sugestão, lamento que o partido tenha chegado a este estado, em que depois de umas eleições em que averbamos uma vitória política, no espaço de 15 dias já estejam a tentar destruir tudo o que partido conseguiu”, criticou.

Dizendo não se estar a referir em concreto a Paulo Rangel, o presidente do PSD falou mesmo de “assalto ao poder daqueles que põem o seu interesse pessoal à frente do interesse do país”.

Por isso, anunciou, já deu entrada na mesa do Conselho Nacional uma proposta formal da Comissão Permanente para se adie a votação do calendário interno no partido para depois da votação do Orçamento do Estado.

“Temos de clarificar e espero que a maioria do Conselho nacional tenha bom senso e coloque o interesse do PSD á frente e pondere bem a responsabilidade bem que é o chumbo desta proposta”, apelou.

Entretanto, Paul Rangel disse não ter medo de qualquer data de eleições diretas no PSD, mas considerou estranho que o partido coloque o seu calendário interno nas mãos do PS. À entrada para o Conselho Nacional, e questionado sobre a proposta que a direção irá levar a votos para adiar a marcação de diretas e do Congresso – previstas na ordem de trabalhos da reunião desta noite -, Rangel salientou que foi a direção que marcou este calendário.

“Se agora se queixa do calendário, só dela se pode queixar. Por mim, qualquer que seja a decisão do Conselho Nacional, estou tranquilo, não tenho medo nem receio de nenhuma data”, disse.

No entanto, acrescentou, que seria “estranho que o PSD ponha nas mãos do dr. António Costa o seu próprio calendário interno, o supremo privilégio de escolher data de eleições” no partido.

“Isto para mim não é normal, mas se o Conselho Nacional entender que deve ser essa a opção, eu estarei tranquilo e totalmente disponível para aceitar essa data”, afirmou.

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