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PSD sugere ao Governo soluções alternativas para escoar vinhos nacionais

Numa pergunta enviada ao Governo, o grupo parlamentar do PSD exige “maior dinâmica, rapidez e inovação nas medidas delineadas” para ajudar o setor agrícola e vitivinícola e sugere novos canais de distribuição e um eventual reforço da vantagem comparativa.
  • Cristina Bernardo
13 Abril 2020, 10h56

O Partido Social Democrata (PSD) considera que os apoios do Estado destinados ao setor vitivinícola são “insuficientes” e pede soluções alternativas para fazer escoar os vinhos nacionais. Numa pergunta enviada ao Governo, o grupo parlamentar do PSD exige “maior dinâmica, rapidez e inovação nas medidas delineadas” para ajudar o setor e sugere novos canais de distribuição e um eventual reforço da vantagem comparativa.

“O grupo parlamentar do PSD, atento aos relatos do setor vitivinícola, receia que os apoios até agora definidos para o setor não sejam suficientes para acomodar os impactos tão dramáticos e profundos que o setor está a enfrentar”, escreve o PSD, na pergunta enviada ao Ministério da Agricultura.

Os social-democratas dizem que o setor vitivinícola, e todo o setor agrícola, deparam-se com “desafios no curto e médio prazo, ao nível da produção, da transformação e da comercialização dos mesmos”. O PSD nota ainda que “as alterações no padrão de consumo, consequência das medidas impostas por razões sanitárias, tem provocado dificuldades no escoamento de certos produtos alimentares seja no mercado interno, seja ao nível das exportações, pelo facto dos países de destino estarem deparadas com a mesma crise sanitária”.

Para dar resposta a esses desafios, Governo constituiu um grupo de trabalho de acompanhamento do funcionamento da cadeia de abastecimento alimentar. O Executivo socialista reconhece que existem “situações de dificuldade de escoamento de produtos”, sobretudo em produtos frescos e perecíveis, e manifesta “preocupações com produtos de orientação exportadora”, tendo criado um plano de medidas excecionais para o setor agroalimentar.

No caso do setor do vinho, as medidas excecionais preveem a flexibilização do apoio à promoção de vinhos em países fora da Organização Comum do Mercado (OCM), “priorizar os pagamentos de apoios à produção de álcool para fins hospitalares e farmacêuticos, no âmbito do apoio à destilação de subprodutos vínicos” e medidas administrativas no âmbito do apoio à promoção do vinho e produtos vínicos no mercado interno.

O PSD defende que, “face à dinâmica que o setor do vinho apresentou nos últimos anos”, “a fileira do vinho deve ter um acompanhamento profundo, ativo e inovador por partes das políticas públicas”. “Seria incompreensível se tal não se verificasse, pois o desempenho do setor é em parte resultante de um conjunto consistente de políticas públicas comunitárias”, indica o grupo parlamentar liderado por Rui Rio.

Os social-democratas questionam, por isso, o Governo se estão a ser ponderados novos canais de distribuição e um eventual reforço da vantagem comparativa dos vinhos nacionais em mercados externos para ajudar no escoamento dos vinhos nacionais e se está previsto um “apoio extra” à destilação de subprodutos vínicos para produção de álcool para fins hospitalares e farmacêuticos.

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