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PSG antecipa perdas de 204 milhões de euros e admite vender jogadores

O actual vice-campeão europeu apresentou à Direcção Nacional de Controlo de Gestão (Dncg) da Liga de Futebol Profissional francesa (LFP – sigla em francês) uma previsão de perdas até 204 milhões de euros para a época 2020-2021, 60% mais que na temporada passada.
22 Janeiro 2021, 17h43

As consequências económicas da pandemia de Covid-19 conseguem afetar até os clubes mais ricos, como é exemplo o Paris Saint-Germain (PSG). O clube da capital francesa antecipa perdas de 204 milhões de euros para a época 2020/21 e admite a possibilidade de vender jogadores após o final da presente temporada, segundo o portal “Palco 23”.

O actual vice-campeão europeu apresentou à Direcção Nacional de Controlo de Gestão (Dncg) da Liga de Futebol Profissional francesa (LFP – sigla em francês) uma previsão de perdas até 204 milhões de euros para a época 2020-2021, 60% mais que na temporada passada.

O PSG encerrou a temporada 2019/20 com perdas de 125 milhões de euros, sendo campeão da liga, mas um dos clubes mais afetados pelas consequências da pandemia de Covid-19, que provocou o cancelamento total da competição, ao contrário dos vizinhos europeus que retomaram os jogos.

Um dos grandes protagonistas dos últimos anos do mercado de transferências, o campeão francês, voltará a sê-lo, mas desta vez por outros motivos. Leonardo, ex-futebolista e diretor desportivo do PSG, está a trabalhar no sentido de avaliar as possibilidades de venda de jogadores, com o objetivo de maximizar a receita do clube, enquanto tenta renovar os contratos, milionários, dos astros Neymar e Kylian Mbappé. “Admito que não sou muito bom em vendas”, reconhece em entrevista à “France Football”.

“O PSG é agora uma entidade estruturada, muito profissional, com uma visão de longo prazo e pessoas muito competentes”, defende o diretor desportivo, “a começar por Nasser (Al-Khelaifi, presidente do clube) que é muito claro quanto ao caminho a seguir para levar o clube ao topo”, acrescentou.

O futebol francês está à procura de respostas para a crise, prevendo perdas de 800 milhões de euros para a temporada 2020/21, a menos que consigam chegar a um acordo para a redução salarial dos jogadores de futebol, aos quais se propôs uma redução de 30%. “Sem um corte drástico nos salários, este modelo não se vai sustentar”, disse Jean-Marc Mickeler, presidente da Dcng.

Os problemas da liga francesa vão ainda mais longe, com a procura de um novo parceiro audiovisual para assumir os direitos televisivos deixados pela Mediapro, avaliados em 814 milhões de euros por temporada. A LFP abriu um novo processo licitatório emergencial dividindo os direitos em dois pacotes para facilitar a venda, com o objetivo de evitar o aprofundamento da crise.

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