[weglot_switcher]

PSI 20 em queda por contágio dos pares europeus e asiáticos

As principais praças europeias as negociações estão em queda. Principal índice bolsista português perde 0,56%, para 5.015,80 pontos.
3 Junho 2019, 08h16

O principal índice bolsista português (PSI 20) perde 0,56%, para 5.015,80 pontos, em linha com as principais congéneres europeias esta segunda-feira, 3  de junho. De acordo com o “Diário da Bolsa” do BPI, a desvalorização é “justificada pela debilidade dos seus pares europeus e asiáticos” e pelo agravar das relações comerciais entre EUA e China. Em Lisboa, a Altri é o título mais exposto, a par da REN e do BCP.

Na sexta-feira, os mercados norte-americanos fecharam com perdas significativas, após a administração Trump ter surpreendido os investidores com a imposição de taxas alfandegárias sobre os bens importados do México. Também as bolsas asiáticas fecharam em baixa, contribuindo para um clima pessimistas entre as bolsas europeias.

A esta conjuntura acresce, uma vez mais, a subida de tom entre Pequim e Washington relativamente às relações comerciais. A China culpou hoje os Estados Unidos pelo agravamento das disputas comerciais entre os dois países, mas absteve-se de indicar como retaliará as mais recentes medidas da administração de Donald Trump. Através de um relatório difundido pelo governo chinês, Pequim fez saber que “enquanto mais se concede ao Governo dos EUA, mais este exige” e garantiu que a China não recuará em “questões de princípio”.

O documento assegurou que Pequim manteve a sua palavra, durante as onze rondas de negociações, e honrará os seus compromissos, se um acordo for alcançado. E acusou os EUA de retrocederem três vezes ao longo das conversações, introduzindo taxas alfandegárias adicionais sobre produtos chineses. Os negociadores norte-americanos “recorreram à intimidação e coerção”, lê-se no documento.

Assim, entre as principais praças europeias as negociações estão em queda. Em Lisboa, os títulos da papeleira Altri é um dos títulos mais expostos à economia mundial e, por isso, é um dos mais pressionados. Apesar dos resultados trimestrais positivos apresentados na quinta-feira, 30 de maio, esta empresa cotada cai 1,81%, para 5,96 euros.

A contribuir para a queda generalizada do PSI 20 está também o BCP, após o CEO do Bank Millennium, João Brás Jorge, ter sublinhado ao jornal polaco “Parkiet” que o banco polaco, detido pelo BCP, está a utilizar o seu capital excedentário na aquisição do Euro Bank e que terá de atuar em linha com as recomendações do regulador em termos de pagamento de dividendos. O banco liderado por Miguel Maya perde 0,71%, para 0,25 euros.

Também a energética REN está sob foco dos investidores nacionais. Segundo o “Diário da Bolsa”, esta empresa cotada informou que a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) publicou “tarifas e preços para o gás natural no ano 2019-2020 e parâmetros para o período de regulação compreendido entre os anos 2020 e 2023”.

No caso da REN, “os documentos agora publicados não aparesentam alterações materialmente relevantes face à proposta apresentada pela ERSE no passado dia 1 de abril, através de nota técnica com os principais parâmetros regulatórios, divulgada ao mercado pela REN na mesma data”. A REN negoceia ‘flat’.

Em contraciclo, apenas se registam as valorizações da Jerónimo Martins, Ibersol e F. Ramada. A Ibersol, que após o fecho do mercado apresentará os seus resultados trimestrais, negoceia em baixa.

[Dados das 8h05]

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.