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PSI-20 fecha em terreno negativo com BCP a cair mais de 3%

Os analistas do BPI apontam para que o BCP tenha lucros de 283 milhões de euros em 2019, o que representa uma queda de 6% face ao ano anterior.
  • Cristina Bernardo
10 Fevereiro 2020, 17h23

O PSI20 fechou em baixa, enquadrando-se na tendência geral da Europa. A sessão foi marcada essencialmente pela queda do BCP (-3,49% para 0,188 euros). O título do Millennium BCP foi cortado pela CaixaBank BPI mas ainda assim atribui um potencial de valorização de quase 30%.

De recordar que no próximo dia 20, o banco irá publicar as suas contas de 2019.

O preço-alvo para o final de 2020 desceu 7%, de 0,27 euros para 0,25 euros. A recomendação baixou de “comprar” para “neutral”.

Numa nota de research desta segunda-feira o CaixaBank/BPI justifica esta descida com o corte de 4% nas estimativas para os lucros por ação do BCP, fruto sobretudo de previsões mais baixas para a margem financeira e receitas de corretagem.

Os analistas do BPI apontam para que o BCP tenha lucros de 283 milhões de euros em 2019, o que representa uma queda de 6% face ao ano anterior.

O setor bancário europeu terminou com perdas muito contidas, pelo que o BCP ultrapassou a tendência do setor.

À fraqueza do BCP somaram-se as quedas da NOS (-2,80% para 4,44 euros), da Galp (-1,42% para 13,56 euros, sensivelmente em linha com a correção do Brent) e dos CTT (-1,50% para 2,89 euros).

Em alta destacaram-se a Ibersol (+4,65% para 9 euros), a Jerónimo Martins (+2,04% para 16,23 euros), e a EDP  que valorizou +1,31% para 4,65 euros. Destaque ainda para a Ramada que subiu +1,07%.

No seio empresarial destaque ainda para a valorização de 1,86% da  Teixeira Duarte (que está fora do PSI-20), depois da IDS ter comunicado uma participação qualificada na empresa portuguesa.

A Mtrader relata que a sessão desta segunda-feira foi bastante calma nas bolsas europeias, “com o volume de transações (em euros) no Euro Stoxx 50 a ser cerca de 30% inferior ao turnover médio das últimas 20 sessões. Com pouco flow empresarial e macroeconómico de notar a indicação dada pelo Sentix de que a confiança dos investidores na Zona Euro caiu em fevereiro”.

No centro das atenções continua o Coronavírus após algumas regiões na China terem prolongado as paralisações em fábricas, possivelmente até 1 de março.

“No plano macroeconómico desta semana destaque para as decisões de política monetária da Zona Euro e dos EUA, que serão apresentados terça-feira. Em termos de apresentações de resultados o dia de hoje será calmo com destaque para a Michelin e ADP”, escreve o analista da Mtrader, Ramiro Loureiro.

Na Europa, o EuroStoxx 50 caiu -0,14% para 3.793,2 pontos. O IBEX fechou nos 9.816 pontos (+0,05%), o DAX fechou nos 13.494 pontos (-0,15%), o CAC 40 caiu 0,23% para 6015,7 pontos, o FTSE 100 desceu 0,27% para 7.446,9 pontos e o FTSE MIB de Milão avançou 0,12% para 24.507,7 pontos.

Hoje a L´Oreal apresentou resultados. O lucro operacional fixou-se em 5,54 mil milhões de euros, um aumento de +12,7% num ano. Os lucros por ação foram de 7,74 euros, o que traduz um aumento de +9,3%. As vendas somaram 29,87 mil milhões de euros, +8,0% em termos análogos. A margem operacional atingiu 18,6%.

Os dividendos a distribuir pelos acionistas da L´Oreal serão 4,25 euros por ação, um aumento de +10,4%. As ações da empresa multinacional francesa de cosméticos  subiram 0,037%.

“Com a exceção das ações ligadas ao turismo (que terminaram com oscilações contidas), os sectores mais expostos à economia chinesa (automóvel, mineiro e petrolífero) registaram uma clara underperformance face aos principais índices”, segundo refere o BPI na sua análise.

O petróleo caiu 2,02% para 53,37 dólares no mercado de Londres.

O mercado de dívida pública a 10 anos da Alemanha caiu 4,9 pontos base para  -0,413%. Já a dívida portuguesa desceu 2,4 pontos base para 0,294% e a espanhola deslizou 2,4 pontos base para 0,259%. Itália tem uns juros a subirem 0,9 pontos base para 0,952%.

O euro cai 0,26% para 1,0917 dólares.

 

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