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PSI 20 fecha no ‘verde’, com investidores a aplaudirem negócio na Polónia e AG do BCP

A sessão foi mista para as principais praças europeias. No dia em que entraram em vigor novas sanções dos EUA ao Irão, as petrolíferas europeias beneficiaram da subida dos preços da matéria-prima e a portuguesa Galp não foi exceção.
Miguel A. Lopes/Lusa
5 Novembro 2018, 16h49

A Bolsa de Lisboa fechou esta segunda-feira com ganhos, numa sessão mista para as principais praças europeias. O PSI 20 avançou 0,16% para 4.987,67 pontos, com a NOS e a Galp a liderarem os ganhos. O destaque esteve, no entanto, o BCP, que anunciou um negócio na Polónia no dia em que realizou uma assembleia geral de acionistas.

O banco liderado por Miguel Maya anunciou esta segunda-feira que, através da subsidiária na Polónia (Bank Millennium), chegou a acordo para a compra de uma participação de 99,79% no Euro Bank à Société Générale, por cerca de 428 milhões de euros (1.833 milhões de zlotys).

Os acionistas estiveram também reunidos em assembleia-geral extraordinária, em que foi decidido um aumento das reservas distribuíveis, o que abre a porta para o futuro pagamento de dividendos e permite a devolução dos salários cortados durante o tempo da troika aos trabalhadores.

“O mercado nacional iniciou a semana em toada positiva. Depois da forte valorização conseguida na semana passada, o BCP voltou a ganhar terreno”, afirmaram os analistas do BPI, referindo que o CaixaBank BPI Research estima “que esta aquisição tenha um impacto positivo de 4% a 5% nos lucros da instituição no médio prazo”. As ações fecharam a sessão a ganhar 0,21% para 0,2433 euros.

Energia brilha num PSI 20 em que o papel cai

A liderar os ganhos do índice de referência nacional esteve a NOS, com uma valorização de 1,59% para 15,015 euros. Foi, no entanto, o setor da energia, com a Galp a beneficiar da subida dos preços do petróleo e a subir 1,25% para 15,015 euros.

A EDP ganhou 0,52% para 3,096 euros e a EDP Renováveis subiu 0,51% para 7,890 euros. Ambas as empresas do grupo vão apresentar resultados esta semana, sendo que esta foi a primeira sessão em bolsa depois das notícias de que o calendário para as aprovações regulatórias da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela China Three Gorges passou do final deste ano para o início do próximo.

Em sentido contrário, a Mota-Engil foi a cotada que mais caiu, com um tombo de 2,92% para 1,728 euros por ação. No retalho, a Sonae desvalorizou 1,97% para 0,8725 euros, enquanto a Jerónimo Martins recuou 0,23% para 10,800 euros. No papel e pasta de papel, a Altri caiu 1,48% para 7,340 euros e a Navigator perdeu 1,15% para 4,122 euros.

Petrolíferas europeias sobem e tecnológicas descem

Na Europa, a sessão foi mista. O índice pan-europeu Euro Stoxx 50 ganhou 0,12%, enquanto o espanhol IBEX 35 subiu 0,19% e o britânico FTSE 100 avançou 0,11%. Em sentido contrário, o alemão DAX perdeu 0,22%, o francês CAC 40 deslizou 0,01% e o FTSE MIB caiu 0,50%.

“Os ganhos dos setores petrolífero, das utilities e dos produtores de matérias-primas contrastaram com as perdas do setor tecnológico”, referiram os analistas do BPI.

Esta segunda-feira entraram em vigor novas sanções dos EUA ao Irão, que levaram os investidores a apostarem em maior escassez da matéria-prima e, consequentemente, à subida dos preços. O crude WTI negociado em Nova Iorque avança 0,65% para 63,55 dólares por barril, enquanto o brent negociado em Londres sobe 0,84% para 73,44 dólares por barril.

No mercado cambial, o euro valorizou 0,03% para 1,1391 dólares. As yields das dívidas soberanas da zona euro fecharam praticamente inalteradas, entre ganhos e perdas ligeiras. No caso de Portugal, o juro das Obrigações a 10 anos fecharam nos 1,884%.

[Notícia atualizada às 17h10]

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