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PSI 20 fecha sessão ‘flat’, mas encerra trimestre com recuperação de 7,9%

Apesar da recuperação no trimestre, o índice nacional continua em terreno negativo este ano, com uma queda acumulada de 15,8% nos primeiros seis meses de 2020.
  • Stringer/Reuters
30 Junho 2020, 16h44

O índice acionista PSI 20 fechou esta terça-feira praticamente inalterado, com um ligeiro recuo de 0,06% para os 4.390,25 pontos, num cenário misto na Europa, e com as quedas da ações dos CTT Correios de Portugal e da Galp Energia a serem contrabalançadas pelos ganhos da NOS e da EDP Renováveis.

A sessão marcou, no entanto, o final de um segundo trimestre no qual o indíce avançou 7,9%, numa recuperação, embora apenas parcial, das fortes quedas do primeiro trimestre, espelhando a tendência geral na Europa.

As medidas de contenção da pandemia de Covid-19, e especialmente o impacto económico do confinamento, tinha levado a um selloff em março, com o PSI 20 a tombar 22% nos primeiros três meses do ano. No segundo trimestre, os estímulos monetários lançados pelo Banco Central Europeu, os progressos na construção do Fundo de Recuperação Europeu e o gradual desconfinamento e o regresso da atividade deu impulso às bolsas mundiais.

Apesar da recuperação, o principal índice bolsista nacional continua em terreno negativo este ano, com uma queda acumulada de 15,8% no primeiro semestre. Na Europa, o Euro Stoxx 50 terminou o trimestre com uma subida de 16%, mas também está no “vermelho” no total do ano, com uma descida de 13,7%.

Na sessão desta terça-feira, na Europa o destaque foi o londrino FTSE 100, que perdeu 0,89%, penalizado pelos dados que mostraram que a economia do Reino Unido registou no primeiro trimestre a maior contração desde 1979, de 2,2%. O italiano FTSE MIB 100 perdeu 0,37% e o espanhol IBEX 35 derrapou 0,64%, enquanto em sentido inverso o alemão DAX subiu 0,65%.

No PSI 20, a Galp Energia caiu 1,29% para 10,29 euros por ação, num dia em que o preo do barril de petróleo Brent cai 0,45% para 41,67 dólares e o de WTI está inalterado perto dos 39,70 dólares. Os títulos dos CTT desceram 2,31% para 2,11 euros enquanto as da retalhista Jerónimo Martins também pressionaram, com uma queda de 1,14% para 15,59 euros.

A contrabalançar estas quedas, a NOS avançou 1,84% para 3,88. Ramiro Loureiro, analista do Mtrader, do Millennium Investment Banking, salientou que a negoceiou hoje “pelo último dia com direito a dividendo, uma vez que destaca o mesmo amanhã, no valor de 0,278 euros por ação, uma dividend yield de 7,2%, das mais elevadas no universo PSI 20″.  A telecom anunciou hoje que a Autoridade da Concorrência autorizou a concretização da venda da NOS International Carrier, empresa da NOS para o negócio grossista internacional de voz e de mensagens de texto (SMS), à Ibasis Portugal, subsidiária da francesa Tofane Global.

No mercado de dívida soberana, a taxa das Obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos negoceiam nos 0,47%, num dia em que a agência “Bloomberg” noticiou que o IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – mandatou seis bancos para organizar uma venda de sindicada de dívida com maturidade de 15 anos, ou seja a 12 de outubro de 2035.

[Atualizada às 17h30]

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