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PSI 20 em queda pela quarta sessão consecutiva

EDP Renováveis, NOS e BCP penalizam bolsa portuguesa. Na Europa. os índices prolongaram a mais longa série de quedas em dois anos.
John Gress/Reuters
3 Novembro 2016, 16h51

A bolsa portuguesa perdeu 0,18% para os 4539,68 pontos na sessão desta quinta-feira. O índice português caiu pela quarta sessão consecutiva. A penalizar o PSI 20 estiveram a EDP Renováveis (-1,29%), após ter divulgado um lucro de 29 milhões de euros, a NOS (-0,88%) e o BCP (-0,59%), após ter anunciado a alteração da data para a publicação das suas contas trimestrais para o dia 9 de Novembro, de forma a coincidir com a realização da Assembleia de Accionistas.

A negociar com perdas estiveram ainda as ações dos CTT (-0,31%), Navigator (-0,27%), Altri (-0,35%), Corticeira Amorim (-1,58%) e Mota-Engil (-1,96%).

Nos ‘pesos pesados’, a EDP ganhou 0,55%, a Galp energia subiu 0,25% e a Jerónimo Martins valorizou 0,10%.

Hoje após o fecho, serão conhecidos os resultados da Altri, da Cofina e da EDP. Para a Altri, o BPI Equity Research estima receitas no valor de 158 milhões de euros e um resultado líquido de 18 milhões de euros. Relativamente à Cofina, as previsões são de 24 milhões de euros e 1.3 milhões de euros, respectivamente. Para a EDP, as estimativas apontam para um resultado líquido de 175 milhões de euros, o que representa um crescimento face ao período homólogo de 2015

Na Europa os índices fecharam com perdas, com a sessão marcada pela decisão do Supremo Tribunal sobre a obrigatoriedade do Governo Britânico requerer a aprovação do Parlamento antes de accionar o “Artigo 50”, o qual dá início às negociações com a União Europeia para o Brexit.

O Dax desceu 0,43%, o índice francês CAC perde 0,08%, a praça holandesa AEX desvaloriza 0,39%, e o Footsie de Londres recuou 0,78%.

Em termos empresariais, o Credit Suisse reportou uma quebra de 94% nos seus lucros trimestrais, que atingiram os 41 M.CHF. Mesmo assim, estes resultados superaram as previsões dos analistas que estimavam uma perda de 150 M.€. Os resultados foram condicionados com os custos de reestruturação e o CEO reconheceu que a conjuntura permanece desafiante. Assim, as acções desta instituição acabaram por encerrar com uma perda de 7.02%.

Pelo contrário, a Société Générale valorizou-se 5.51%, depois de ter informado que as suas receitas aumentaram 4% no 3º trimestre, sendo que os seus resultados trimestrais alcançaram os 1100 M.€, superando as previsões de 790 M.€. Os resultados foram impulsionados pelas receitas de trading e as menores provisões.

A cadeia de supermercados britânica, a Morrison, subiu 1.04%, apesar de ter anunciado que as vendas totais, excluindo combustível, caíram 1.20% no 3º trimestre.

Por sua vez, a Air-France-KLM divulgou uma queda de 6.50% nas suas receitas trimestrais, mas o lucro atingiu os 544 M.€, superando os 500 M.€ estimados. A queda das receitas foi contrariada pelos cortes realizados no âmbito do plano de reestruturação e pelo combustível mais barato. As acções da companhia aérea subiram 6.08%.

A ASML caiu 1.47%, no dia em que se noticia que a empresa holandesa adquiriu por 1000 M.€ 24.90% da Carl Zeiss, uma empresa alemã especializada em instrumentos e tecnologia óptica.

O petróleo Brent cai pela quinta sessão consecutiva. Hoje perde 1,41% para os 46,20 dólares, o valor mais baixo das cinco últimas semanas, com a incerteza em relação ao acordo da OPEP.

No mercado forex o euro sobe 0,05% para 1,1105 dólares. A Libra avança 1,19% para 1,2452 dólares.

A ‘yield’ da dívida portuguesa a dez anos, negoceia a ganhar 1,5 pontos base para 3,271%.

Wall Street estendia as perdas dos últimos dias, perante o evidente nervosismo em relação ao desfecho das eleições presidenciais, numa altura em que as sondagens apontam para uma diferença mínima entre os dois candidatos.

O Dow Jones cai 0,01%, o S&P recua 0,24% e o Nasdaq desvaloriza 0,56%, com os títulos do Facebook a cairem mais de 5%, depois da empresa ter alertado que o crescimento das receitas vai desacelerar este trimestre.

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