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Putin disposto a continuar a lutar na Ucrânia

Donald Trump está cada vez mais frustrado com Putin e o presidente russo garante estar disposto a lutar na Ucrânia. Paz só se o Ocidente aceitar as suas condições.
Vladimir Putin
Russian President Vladimir Putin speaks during a meeting with the president of the Central African Republic during the latter’s visit to Moscow, Russia, 16 January 2025.  EPA/EVGENIA NOVOZHENINA / POOL
15 Julho 2025, 21h11

Vladimir Putin quer continuar a lutar na Ucrânia até o Ocidente aceitar os seus termos para a paz.
O presidente russo não está impressionado com as ameaças de Donald Trump e vai manter a “operação especial” na Ucrânia, segundo três fontes próximas do Kremlin disseram à “Reuters”.
Putin exige um acordo que garanta que a NATO não se vai expandir para leste, quer a neutralidade da Ucrânia, limites às suas forças armadas, proteção para os russo-falantes do país e a aceitação dos ganhos territoriais da Rússia, segundo as fontes que disseram também que a Rússia está disposta a discutir que as super-potências garantam a segurança da Ucrânia, mas não é claro como.
Putin acredita que a economia russa e o exército ainda estão bom bastante força para fazer face ao Ocidente, mais de três anos após a invasão e oito anos de conflito no leste do país pelos separatistas apoiados por Moscovo.
Donald Trump está cada vez mais frustrado com a recusa de Putin assinar um cessar-fogo e tem vindo a aumentar a sua cumplicidade com o presidente ucraniano, tendo anunciado o fornecimento de um sistema de defesa de misseis. O objetivo agora é atingir a paz em 50 dias.
“Putin pensa que ninguém o abordou seriamente sobre a paz na Ucrânia, incluindo os americanos, e ele vai continuar até ter o que quer”, segundo uma das fontes que falou a coberto de anonimato. “Putin valoriza a relação com Trump, mas os interesses da Rússia estão acima de tudo”.
O país tem conseguido manter-se à tona apesar das duríssimas sanções impostas pelo Ocidente,  incluindo as ameaças de impor tarifas à China e à Índia por comprarem petróleo russo.
A Casa Branca disse que os EUA estão focados em acabar com a “matança e Putin vai enfrentar tarifas e sanções se não acordar um cessar-fogo”.
Volodymyr Zelenskiy já disse que nunca vai reconhecer a soberania russa em regiões ucranianos e que Kiev deve ter a liberdade para se juntar à NATO.
Duas das fontes consideram que a Rússia tem tido supremacia militar no terreno e que a sua economia está a produzir mais munições do que os países aliados.
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