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Quadrantes apresenta queixa de Rafael Macedo à Ordem dos Médicos

O caso refere-se ao facto de a jornalista da TVI ter-se deslocado à Quadrantes com a prescrição de “dois pedidos de medicina nuclear muito estranhos e raros”, diz o médico da Quadrantes. Um deles destina-se a “doentes com insuficiência cardíaca descompensada”, para uma pessoa que estava aparente bem. Os exames foram passados por um tal de Rafael Silva: o nome clínico de Rafael Macedo.
21 Março 2019, 14h24

O Diretor Clínico da unidade de radioterapia da Quadrantes na Madeira, Guy Vieira, garante que a empresa de saúde privada já fez queixa de Rafael Macedo na Ordem dos Médicos por passar “prescrições falsas”: “não achamos que seja eticamente correto”, diz Guy Vieira, condenando o ato de Rafael Macedo de “deontologicamente errado”.

O caso refere-se ao facto de a jornalista da TVI ter-se deslocado à Quadrantes com a prescrição de “dois pedidos de medicina nuclear muito estranhos e raros”, diz o médico da Quadrantes. Um deles destina-se a “doentes com insuficiência cardíaca descompensada”, para uma pessoa que estava aparentemente bem. Os exames foram passados por um tal de Rafael Silva: o nome clínico de Rafael Macedo.

O que Guy Vieira explicou esta quinta-feira na Comissão de Inquérito é que quando a jornalista da TVI vai fazer a recolha de imagens para a reportagem, autorizada pelo Diretor Clínico, no âmbito de um trabalho sobre os serviços de saúde públicos e privados na Madeira, segundo o informa a jornalista, a secretária identifica-a como uma utente que ali esteve uns dias antes.

À jornalista foi-lhe dito que a Quadrantes não fazia o exame porque vinha do SESARAM e “aqueles não eram os papéis corretos”, afirma Guy Vieira. Teria, portanto, de apresentar um termo de responsabilidade e não aquele pedido médico. A jornalista insiste que quer fazer o exame, e a única opção apresentada pela Quadrantes é fazê-lo de uma forma privada. A jornalista aceita de imediato e pergunta logo os preços, tal como se pode ver na referida peça da TVI, esclarece o Diretor Clínico.

“O que a peça não mostrou”, diz Guy Vieira, é que os dois pedidos foram encaminhados para uma especialista, que os “achou estranho”, para uma pessoa que estava aparentemente bem.

O Diretor Clínico da Quadrantes diz que a empresa de saúde privada entrou em contacto com o SESARAM para descobrir quem era o cardiologista Rafael Silva que tinha prescrito aqueles exames. “Foi-nos dito que não existia nenhum Rafael Silva na cardiologia do SESARAM”.

A médica recusou-se a fazer os exames enquanto a situação não fosse esclarecida.

Quando a jornalista vai uns dias depois, já se apresentando como jornalista da TVI, a secretária ao reconhecê-la pergunta se já conseguiu resolver a situação dos exames, ao que a jornalista responde que vai fazer no Continente, conta Guy Vieira.

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