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Quais são os desafios da formação em Portugal? Veja a conferência do JE

Nesta mesa-redonda será abordada a resposta que as organizações tiveram à pandemia de Covid-19, mas também serão discutidos os ensinamentos que resultaram dos processos de reação à adversidade e debatidos os desafios que o sector da formação, de forma alargada, antevê para o próximo ano letivo e para o período pós-pandemia.
30 Julho 2021, 12h01

O Jornal Económico transmite esta sexta-feira a partir das 12h00 a mesa-redonda sobre sobre “Os Desafios da Formação em Portugal”, que contará com a presença de Jorge Conde, presidente do Instituto Politécnico de Coimbra; Manuel Fontaine, diretor da Faculdade de Direito da Universidade Católica Porto; e Jorge Lopes, administrador da Rumos Training.

Nesta mesa-redonda será abordada a resposta que as organizações tiveram à pandemia de Covid-19, mas também serão discutidos os ensinamentos que resultaram dos processos de reação à adversidade e debatidos os desafios que o sector da formação, de forma alargada, antevê para o próximo ano letivo e para o período pós-pandemia.

A aquisição e o desenvolvimento de competências são assumidos como fatores essenciais para o crescimento da economia e para o desenvolvimento da sociedade, o que ainda é ainda mais verdade em Portugal, onde os recursos escasseiam, o que torna as pessoas o ativo essencial do país.

A realidade que conhecemos mostra que tem existido uma evolução positiva, mas que existe ainda caminho a percorrer.

Os portugueses estão mais qualificados, mas, ainda, assim, cerca de metade não concluiu o secundário, o que faz com que o país compare mal com o seus pares. A escolaridade entre os mais jovens aumentou significativamente, mas o mesmo não aconteceu com os mais velhos, notando-se que temos dificuldade em aceitar a ideia da formação ao longo da vida.

Os resultados de um estudo feito pela Fundação José Neves, apresentado recentemente, apontam que são poucos os que procuram maior formação e que, de forma geral, quem o faz é quem já possui qualificações. Indicia, também, que haverá um desfasamento entre as necessidades do mercado e a oferta formativa, porque mais de um terço dos jovens licenciados não está empregado ou está, mas com funções que não exigem as habilitações que têm.

Este é o ponto de partida para o debate, numa altura em que o mercado de trabalho, que já estava em mudança, antes da pandemia de Covid-19, com as empresas a procurarem competências específicas, viu o desenvolvimento acelerado com sentido para processos de digitalização e de automação. Esta evolução refletia-se já na formação, porque a necessidade manifestada pelo mercado obrigava à adaptação de currículos e, mesmo, de processos de resposta, numa realidade em mudança acelerada. A pandemia acelerou estas tendências e acentuou necessidades.

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