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Quanto é que polui uma central elétrica? Agora já é possível saber

Uma empresa de inteligência artificial, sem fins lucrativos, chamada WattTime vai usar imagens satélite para rastrear a poluição do ar (incluindo as emissões de carbono) provocada por todas as centrais de energia do mundo e em tempo real.
  • David Gray/Reuters
18 Maio 2019, 20h00

A WattTime, uma empresa de inteligência artificial sem fins lucrativos, vai utilizar as imagens capturadas por satélite para rastrear (com precisão) os níveis de poluição do ar emitidas pelas centrais elétricas, em todo o mundo e em tempo real.

A notícia é avançada pela “Vox”, que informa que este projeto está a ser desenvolvido em colaboração com o Carbon Tracker (um think tank que faz a análise financeira de centrais elétricas) e a Google.org (a ala filantrópica do Google) que investiu 1,7 milhões de dólares para a concretização do plano. Para além disso, conta com o apoio do World Resources Institute, que opera o banco de dados global mais abrangente de centrais elétricas.

Os resultados poderão deixar algumas gigantes energéticas (e governos) preocupados dado que vão ser divulgados ao público e poderão dificultar o contorno das restrições de poluição impostas por lei. A empresa espera assim acabar de forma eficaz a má gestão e a manipulação de dados relativo às emissões.

A WattTime explica que plano é usar informações públicas recolhidas por satélites (como a rede Copernicus da União Europeia e a rede Landsat dos EUA), bem como informações privados de algumas empresas (como a Digital Globe ) e registos de câmaras térmicas infravermelhas que detectam calor, e a partir daí criar uma base de dados.

Para além de impedir que os relatórios emitidos pelas centrais sejam forjados, a empresa espera que os dados possam impulsionar projetos de energias renováveis.

Poluição do ar duplica e mata mais do que o tabaco

O número de mortes prematuras causadas pela poluição do ar duplicou, tendo causado cerca de 8 milhões de mortes em 2015. O novo estudo publicado no ”European Heart Journal” concluí também que o ar tóxico é mais fatal do que o fumo do tabaco.

Os cientistas usaram novos dados para estimar que cerca de 800 mil pessoas morrem prematuramente anualmente na Europa devido ao ar sujo, e que cada vida é interrompida por uma média de mais de dois anos. O estudo revela que os danos para a saúde causados ​​pela poluição do ar na Europa são superiores à média global.

Segundo o último relatório da State of Global Air , a poluição do ar é o quinto maior risco global de mortalidade. Causam cinco milhões de mortes precoces e 147 milhões de anos de vida saudável perdidos todos os anos, e os países que têm as maioria das centrais de energia são os maiores alvos da poluição do ar.

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