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Quase 1,8 mil milhões de euros. É o valor máximo dos terrenos do Grupo Espírito Santo no Paraguai

A Century 21 do Paraguai atribuiu valores médios razoáveis entre os três mil e os oito mil dólares (2.600 e 7.000 euros respetivamente) por hectare. Contudo, existem zonas que se encontram avaliadas pelo dobro do preço praticado no mercado. Por isso, o mercado imobiliário do Paraguai tem permitido fazer “investimentos muito lucrativos”.
19 Março 2019, 07h49

As seis propriedades que o Grupo Espírito Santo (GES) guarda no Paraguai, ocupam uma área de 130 mil hectares, cujos terrenos têm um valor médio de mercado entre os três mil e os oito mil dólares (2.600 e 7.000 euros respetivamente) por hectare, segundo dados indicados pela Century 21 ao Jornal Económico.

No entanto, o valor máximo para os melhores terrenos agrícolas – sem benfeitorias e infraestruturas agroindustriais – atinge os 15 mil dólares (cerca de 13 mil euros), o que determina um valor potencial máximo que ronda os 1,95 mil milhões de dólares (cerca de 1,704 mil milhões de euros), ou seja, mais do dobro da estimativa média indicada ao Jornal Económico.

As grandes fazendas Carandayty, Timboty, Lomas, Golondrina, Cambuchi e La Matilde, encontram-se espalhadas por várias regiões do país da América do Sul, cada uma tendo o seu valor de mercado, derivado da sua dimensão, localização dos terrenos e infraestruturas construídas.

No Estado do Alto Paraná e Itapuá, próximos ao rio Paraná, encontra-se a Golondrina. Uma região que é considerada a que tem melhores terrenos agrícolas do Paraguai, e onde por exemplo, na zona de Santa Rita, os valores da terra variam entre os 12 mil e os 15 mil dólares (10 mil e 13 mil euros, respetivamente) por hectare.

Uma situação semelhante ocorre na área do Estado de Canindeyú, onde o preço da terra varia entre os 3.500 e os 10.500 dólares (três mil e nove mil euros, respetivamente) por hectare. Se elevarmos estes valores à dimensão dos 130 mil hectares do total das seis propriedades, e ao número mais alto de 15 mil dólares, poderemos estar a falar um valor global a rondar os dois mil milhões de dólares (ou 1,704 mil milhões de euros).

A região sudoeste do Paraguai, onde fica situada a propriedade de Cambuchi, de acordo com David Rodríguez, CEO da Century 21 do Paraguai “também sofreu com o mesmo fenómeno agrícola, mas motivada pelo grande número de novas plantações de arroz, o que causou uma mudança no uso de terras, de campos de baixa produção para áreas altamente valorizadas, após investimentos em técnicas de gestão da água para o arroz”.

Por exemplo, a zona de Campos em Misiones a oeste de Itapuá, a sul de Caazapá, viram em seis anos as suas terras valorizar de 400 dólares (350 euros) para cinco mil dólares (4.400 euros).

Os campos agrícolas tiveram o seu auge quando os uruguaios venderam as suas terras a empresas de reciclagem finlandesa (para a plantação de eucalipto para a pasta de papel), no valor global de 15 mil dólares por hectare, quando tinham comprado estas terras por apenas 200 dólares por hectare.

Em termos de investidores David Rodríguez, traça vários perfis. “O investidor americano é cauteloso, procura uma segurança de 1.000% em todos os sentidos. Os espanhóis, fugiram da crise económica e descobriram que no Paraguai tinham um investimento muito lucrativo, seguro e com futuro para continuarem assim por mais alguns anos. Há investimentos espanhóis em hotelaria, urbanização, indústria, educação e finanças”, remata o especialista em imobiliário.

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