[weglot_switcher]

Quase 60% dos trabalhadores quer trabalhar remotamente (pelo menos) vários dias por mês

Estudo da Michael Page sobre o mercado de trabalho em 13 países, Portugal incluído, conclui também que candidatos querem melhorar competências e estão recetivos ao trabalho temporário.
24 Junho 2020, 12h15

Estudo da empresa de recrutamento especializado Michael Page sobre o comportamento do mercado de trabalho no período crítico da Covid-19 na Europa, revela que candidatos priorizaram o reforço de competências e procura por trabalho temporário.

Com efeito, mais de metade dos inquiridos (58,1%) diz considerar aceitar uma proposta de contrato de trabalho flexível (contratos em regime ‘interim’, temporários e de ‘outsourcing’) no seu próximo projeto, destacando como principais vantagens do trabalho flexível: a capacidade de enriquecer as suas competências e experiência (63,9), a oportunidade de trabalhar para diferentes empresas em novas funções (42,4%), e a oportunidade de passar de uma posição temporária para permanente (40,8%).

Entre os fatores para não aceitar um trabalho temporário, a larga maioria dos inquiridos aponta a falta de estabilidade financeira (75,4%) e o facto dos projetos temporários não desenvolverem as suas competências (40,6%).

No período especialmente crítico do confinamento, entre meados de março e início de maio, para o mercado de trabalho, cerca de 35% dos inquiridos referiu estar à procura de emprego desde um a três meses, enquanto 10% está à procura desde três a seis meses.

Além do aumento mensal do número de dias de trabalho remoto, os inquiridos elegem como fatores preferenciais de captação de talento o investimento das empresas no equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (97,3% dos inquiridos), a formação (97,3%), o reconhecimento do trabalho (98,7%), as boas relações (98%) e a responsabilidade social (95,8%).

“Mais do que um trabalho com um salário ao final do mês, o novo talento procura projetos com verdadeiro significado, que representem autênticas experiências de vida e que marquem de facto a diferença na sociedade ou no mundo corporativo”, afirma Álvaro Fernández, diretor geral da Michael Page Portugal.

No âmbito deste estudo foram inquiridas 5.075 candidatos de 13 países – Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Holanda, Itália, Luxemburgo, Polónia, Portugal, Suécia, Suíça e Turquia –. Os dados foram recolhidos entre 20 de março e 20 de maio de 2020.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.