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Reforma preocupa quase metade das pessoas nascidas entre 1960 e 1980

A segunda edição do estudo “Me, My Life, My Wallet”, elaborado pela KPMG, centrou-se na chamada geração X. A análise da consultora concluiu que a pressão nas finanças pessoais deve-se à gestão do tempo pessoal, familiar e profissional.
8 Janeiro 2019, 07h35

Já não são apenas os millennials que têm pouca margem de poupança para o futuro. De acordo com a segunda edição do estudo “Me, My Life, My Wallet”, elaborado pela KPMG, 25% das pessoas nascidas entre 1960 e 1980 (a designada Geração X) ainda não começaram a poupar para a reforma, sendo que apenas 9% dizem ter condições financeiras para se aposentar.

Os especialistas da consultora – através de 2.500 entrevistas em cada uma de oito geografias (Brasil, Canadá, China, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, França, Índia e Reino Unido) – concluíram ainda que 40% da geração X perdeu riqueza entre 2007 e 2010 e quase metade (45%) sente-se preocupada com a reforma.

Em causa estão os “grandes esforços” em termos gestão de tempo (família, trabalho, bem-estar), que acabam por causar pressão nas finanças pessoais e na maneira como gerem o dinheiro.

Quanto ao tecido empresarial, tem procurado responder às necessidades desta geração como novos produtos e experiências adaptadas, como serviços por subscrição, lembretes automáticos, assistentes pessoais digitais e ferramentas de gestão de tempo alimentadas por inteligência artificial. Isto porque a geração X também já é “tecnologicamente experiente”, segundo a KPMG.

“A ruptura e a transformação estão entre os termos mais comum – se não usados em demasia – na sala de reuniões de hoje. No entanto, uma coisa é falar sobre isso e outra é agir. Nenhuma empresa em nenhum sector em todo o mundo está imune às implicações de um cliente em constante mudança”, alerta Raquel Santos, senior manager da KPMG.

No entanto, a consultora avisa que as organizações precisam de uma nova abordagem para influenciarem os clientes e conseguirem atingir as suas metas. Em vez de tentarem oferecer tudo com medo de ficar a perder (atrás da concorrência e da modernidade), as empresas devem considerar os seus pontos de contacto e avaliar a forma como os clientes os utilizam, através de três lentes diferentes: voz (falar e ouvir), texto (escrita e leitura) e imagem (visualizações e partilhas).

“Em resposta à fragmentação dos ‘media’ e à explosão de novas tecnologias, muitas organizações abriram todos os tipos de canais, pontos de contacto ou caminhos para se aproximarem dos consumidores. Infelizmente, nem todos esses canais estão conectados e alguns foram mais populares do que outros, muitas vezes, criando mais confusão do que clareza, tanto para os consumidores como para marcas”, pode ler-se no relatório, que analisou cinco dimensões de comportamento designadas “5 My’s“: «My Attention, My Motivation, My Wallet, My Watch e My Connection».

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