Queda de helicóptero no Irão: Existe risco de uma 3ª Guerra Mundial? Especialista avalia

Nesta segunda-feira (20) durante o programa BMC News, o professor de relações internacionais Marcus Vinicius concedeu uma entrevista e analisou a recente queda do helicóptero que transportava o presidente iraniano, abordando as possíveis causas e as graves implicações geopolíticas que o incidente pode desencadear.

A conversa foi conduzida pela apresentadora e jornalista Paula Moraes, que trouxe à tona questões cruciais sobre o cenário político e de segurança no Médio Oriente.

Para começar, Marcus Vinicius destacou quatro possíveis causas para a queda do helicóptero: falha humana, falha técnica, devido às sanções internacionais que impedem a aquisição de peças, um acidente “doméstico”, causado por grupos opositores ao presidente, e condições climáticas adversas. Segundo o professor, a identificação da causa é crucial para entender as próximas movimentações políticas e militares na região.

O professor alertou para uma das possíveis causas, que seria a de interferência externa, e se comprovada, seria um grande problema geopolítico. Marcus Vinicius mencionou que, se houver indícios de envolvimento de países como Israel ou Estados Unidos, o Irão poderia sentir-se compelido a responder, o que aumentaria significativamente o risco de um conflito armado. Relembrou ainda que mortes de chefes de estado já desencadearam guerras no passado, ressaltando a gravidade da situação.

Ainda sobre o tema, lembrou que tanto Israel quanto os Estados Unidos negaram rapidamente qualquer envolvimento na queda do helicóptero. Essa postura visa deslegitimar rumores e prevenir uma escalada nas tensões. Segundo Marcus Vinicius, é essencial que esses países se pronunciem para acalmar os ânimos e evitar que surjam teorias da conspiração.

Marcus Vinicius diz ainda que o acidente gera um período de instabilidade política interna no Irão. O vice-presidente deve assumir temporariamente a função, e novas eleições serão convocadas em 50 dias. A situação já tensa no Irão, agravada pelas sanções e pelo descontentamento popular, pode intensificar-se, segundo o especialista.

Por fim, e quanto à forma como é governado o país, sublinha que o Irão é uma teocracia onde o presidente eleito deve submeter-se ao líder supremo e ao conselho religioso. Marcus Vinicius explicou que a morte do presidente, que era visto como potencial sucessor do líder supremo, pode complicar a sucessão e aumentar a instabilidade política interna.

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