A bolsa de valores de Nova Iorque registou a maior queda em 50 anos nos primeiros 100 dias da presidência de Donald Trump. Desde o dia da tomada de posse (20 de janeiro), o índice de referência S&P500 caiu um acumulado de 8%.
Os dados estão entre as principais conclusões de uma análise da corretora XTB, que salienta os receios associados à aplicação de tarifas comerciais por parte dos EUA, alterações no setor da IA (nomeadamente pelo surgimento da DeepSeek) e os receios de que a economia dos EUA pode entrar em recessão, intensificados esta quarta-feira pela contração de 0,3% no primeiro trimestre.
Os vários indicadores conduziram a uma redução da exposição das carteiras de muitos investidores, de tal modo que a última vez que os mercados reagiram de uma forma tão negativa ao início do mandato de um presidente norte-americano foi há mais de meio século. Foi em 1973, aquando do arranque do segundo mandato de Richard Nixon.
No período em análise, também o dólar registou quedas fortes, por comparação com as principais divisas. Ao todo, a moeda dos EUA caiu 8,9% desde que Donald Trump se tornou (novamente) presidente do país.
As quedas foram particularmente evidentes em reação ao “Dia da Libertação”, como foi descrito pelo chefe de estado norte-americano. Este ficou marcado pelo anúncio de tarifas recíprocas a todos os países do mundo, levando a uma queda de 10% em apenas duas sessões bolsistas.
A volatilidade estendeu-se para as semanas seguintes, já que parte da confiança voltaria a ser recuperada, mas os relatos sobre uma suposta intenção de Trump de despedir o presidente da Fed, Jerome Powell, fez tombar novamente os principais índices.
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