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Quedas acentuadas nas bolsas marcam véspera de dados da inflação nos EUA

As principais praças europeias registaram descidas, com o setor do luxo a penalizar de forma particularmente expressiva. Esta quarta-feira, os mercados vão estar atentos à confirmação da inflação nos EUA em outubro.
13 Novembro 2024, 07h30

As mais importantes bolsas europeias registaram perdas na terça-feira e, por cá, o PSI seguiu pelo mesmo caminho. O sentimento negativo foi notório, sobretudo, no setor do luxo, no mesmo dia em que houve uma contração acentuada do sentimento económico na zona euro e, em particular, na Alemanha.

No PSI, a EDP Renováveis liderou a desvalorização mais agressiva, na ordem de 3,97%, até aos 10,64 euros por ação. Seguiu-se a parceira EDP, ao cair 2,19% para 3,348 euros. A Mota-Engil perdeu 3,03% e ficou-se pelos 2,564 euros, enquanto o BCP tombou 2,32% para 0,443 euros.

Em sentido contrário, os títulos da Jerónimo Martins registaram a maior subida, em 1,08%, tendo alcançado 18,72 euros.

O sentimento negativo foi notório por toda a Europa, com os mais importantes índices europeus a registarem recuos expressivos, que coincidiram com dados que desiludiram as expetativas no plano macroeconómico. O índice ZEW, que mede o sentimento económico, recuou para 12,5 na UE em novembro (comparando com 20,1 em outubro). No caso da economia alemã, ficou-se pelos 7,4 (contra 13,2 esperado e 13,1 do mês precedente).

Em causa deverão estar as medidas prometidas por Donald Trump no que respeita a taxar as importações norte-americanas. As taxas deverão ser implementadas em 2025 e podem constituir uma barreira ao crescimento económico europeu e, em particular, na economia alemã, que é a maior do bloco.

Os receios dos mercados podem ainda estar ligados à ideia de que os estímulos económicos lançados pela China não serão suficientes para relançar a atividade no país.

Registaram-se perdas superiores a 2% na maioria dos principais índices das congéneres europeias, sobretudo em França, onde o CAC 40 caiu 2,69%, penalizado sobretudo pelo setor do luxo. Neste sentido, destaque para as desvalorizações de 5,76% na Kering e 4,52% na Louis Vuitton.

Seguiram-se decréscimos de 2,24% no índice agregado Euro Stoxx 50, 2,13% na Alemanha, 2,11% em Itália, 1,79% em Espanha e 1,25% no Reino Unido.

Esta quarta-feira, destaque para a confirmação dos dados da inflação norte-americana em outubro, que vão marcar o sentimento dos mercados.

 

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