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Quem é João Leão, o novo ministro das Finanças com a difícil tarefa de suceder a Centeno?

A escolha de António Costa recaiu sobre um elemento da equipa de Mário Centeno. A João Leão tem cabido até então a gestão do Orçamento, sendo responsável nomeadamente pelas famosas ‘cativações’.
  • Ministro de Estado e das Finanças, João Leão
9 Junho 2020, 12h39

O rumor de que o até então Secretário de Estado do Orçamento, João Leão, poderia suceder a Mário Centeno na liderança das Finanças corria há algum tempo e esta terça-feira confirmou-se. A escolha de António Costa para novo ministro das Finanças recaiu sobre um elemento da mesma equipa do ministro que levou o país a ter o primeiro excedente orçamental em democracia e que lhe valeu o título de ‘Ronaldo’ das Finanças.

O economista nasceu em Lisboa em 1974 e é doutorado em Economia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), EUA. Licenciado em Economia e Mestre em Economia pela Universidade Nova de Lisboa, João Leão tem sido professor de Economia no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa desde 2008.

Como experiência governativa traz o cargo de Secretário de Estado do Orçamento entre 2015 e 2019 no primeiro mandato de António Costa, cargo que desempenhava até então. Foi Diretor do Gabinete de Estudos do Ministério da Economia entre 2010 e 2014 e assessor do Secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento entre 2009 e 2010.

Desempenhou ainda as funções de presidente da Comissão Científica do Departamento de Economia do ISCTE entre 2009 e 2010 e de diretor do Doutoramento em Economia (2011-2012) e é investigador da Business Research Unit do mesmo instituto.

Segundo a nota no site do Governo, foi membro do Conselho Económico e Social entre 2010 e 2014 e do Conselho Superior de Estatística entre 2010 e 2014. Integrou a delegação portuguesa no Comité de Política Económica da OCDE em 2010 e 2012 e integrou grupos de trabalho no âmbito da OCDE.

Em 2016, deu uma entrevista ao Jornal Económico, na qual frisava que “sendo um governo com apoio parlamentar de diferentes partidos, as opções do Governo devem refletir as preocupações desses partidos. Nesse sentido, é natural que haja um diálogo constante para chegar a entendimentos e consensos. Muitas vezes não são consensos, mas compromissos possíveis sobre as opções a tomar”.

Ao Jornal Económico, Filipe Garcia, economista e presidente da IMF – Informação de Mercados Financeiros, destacou que João Leão é “um nome credível, de continuidade, pelo menos aparentemente. Mais é também alguém mais próximo politicamente de António Costa e do PS, menos independente do que Mário Centeno”.

Relativamente à saída de Mário Centeno, Filipe Garcia sublinha que “não é uma surpresa” e que “já se supunha desde o início desta legislatura”.

(Atualizado às 13h42)

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