Qual é o melhor dia para eternizar o pimba em tokens? Talvez esta quarta-feira, acredita Quim Barreiros, a sua família e a equipa de técnicos e estrategas do cantor português. O artista de música popular decidiu investir na tecnologia blockchain e lançar uma coleção de mil tokens não-fungíveis (NFT – Non-Fungible Tokens), as chaves que abrem as portas dos cofres de arte digital.
Chamam-se “QuimFT” e pretendem honrar os sucessos que vão de “O Sorveteiro” a “O Melhor Dia para Casar”, passando pelo “Mestre de Culinária”. Além de terem acesso aos desenhos digitais (ver imagem acima), os proprietários destes tokens poderão também associar-se à comunidade de fãs de Quim Barreiros e ter benefícios como mensagens do cantor personalizadas para celebrar dias festivos, possibilidade de participar em videoclipes, conhecer a “garagem da vizinha”, conhecer a “cabritinha”, almoçar com o artista ou ouvir de antemão novos lançamentos de músicas.
Sara Teixeira, um dos rostos por detrás da iniciativa, conta ao Jornal Económico (JE) que “tudo começou numa conversa informal entre o João Gomes, CEO da Happyfact, que começou a entrar muito neste mundo e a ajudar empresas de a entrar na blockchain e Web3”.
“O Emmanuel [filho de Quim Barreiros], como curioso e sempre interessado em inovar a marca Quim Barreiros, rapidamente impulsionou que se reunisse uma equipa de especialistas de forma a criar uma coleção que honrasse a essência do artista Quim Barreiros, assim como também os valores de Web3”, referiu a especialista em descentralização e metaverso, descartando investimentos financeiros, mas “trabalho e motivação para fazer acontecer”.
Mas o Quim Barreiros é proprietário de NFT ou costuma investir em criptomoedas? “Não, e por isso mesmo tivemos a vontade de permitir que esta coleção ficasse disponível também para aquisição com cartão de crédito, ao invés de apenas com carteiras de criptomoedas. Até porque também os fãs do artista poderão nunca ter investido em NFT ou cripto anteriormente e temos de chegar também a eles”, explica a cocoordenadora do projeto ao JE.
A coleção ficará disponível para o público a 4 de maio por cerca de 30 euros cada NFT, sendo que é possível pagar com moedas digitais, por plataformas como a Metamask, ou cartão de crédito, através da modalidade de cross mint que permite às pessoas sem wallets (carteiras digitais) fazerem estas transações com cartões bancários.
“Assim como a cabritinha ficou registada na memória dos portugueses, queremos que esta coleção fique imortalizada na história da música popular portuguesa. Esta foi uma ideia do meu filho Emmanuel, que quis abraçar pelo carinho que tenho aos meus fãs”, referiu Quim Barreiros, em comunicado enviado esta manhã aos meios de comunicação social.
Dos mil NFT, desenhados pelo ilustrador Vítor Julião, 699 serão únicos QuimFTs, 300 inspirados em semanas académicas onde Quim Barreiros marcou presença e um legendário. “Não é apenas uma fotografia, mas uma obra de arte digital única, representando os elementos emblemáticos do cantor que são tão queridos pelos seus fãs – o bigode, o chapéu, o acordeão, a cabritinha e muitos outros”, garantem Sara Teixeira e João Gomes.
O registo para acesso à venda privada dos QuimFTs decorre entre 19 de abril e 1 de maio. Se os colecionadores destes ativos digitais quiserem, após a compra, revender o NFT ou trocá-lo (acordo com as regras e regulamentos aplicáveis) podem fazê-lo.
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