De “uns trocos” perdidos entre as paredes de casa a uma fortuna multimilionária abandonada no lixo. Um homem, no País de Gales, queria comprar uma lixeira em troca de 70 milhões de dólares, mas a justiça negou-lhe essa possibilidade.
Algures perdida no meio de camadas de lixo, em Cardiff, está uma hard drive que contém a password para uma carteira que tem 8 mil bitcoins, que por esta altura valem perto de 684 milhões de dólares (cerca de 604 milhões de euros, à taxa de câmbio atual). O problema é que ninguém sabe ao certo onde está.
A realização de qualquer transação de bitcoins envolve inserir uma palavra-chave, que consiste em num código alfanumérico gerado aleatoriamente. Cada carteira de criptomoedas tem uma destas associada e é imperativo não a perder, porque não existe a funcionalidade de recuperação que existe para muitos sites (como no caso das redes sociais, por exemplo).
O propósito passa por aumentar o grau de segurança dos ativos detidos pelos investidores. Por outro lado, são muitos os que perdem a palavra-passe. Assim se perdem grandes fortunas.
É o caso de James Howells, que em 2013 colocou a tal hard drive no lixo por engano, quatro anos depois de ter minerado a criptomoeda, no tempo em que uma Bitcoin ainda valia menos de um dólar. À data em que caiu no saco do lixo, aquela incluia 8 mil bitcoins, que valiam menos de 300 dólares. O valor atual por Bitcoin ronda os 85.500 dólares, sendo que tocou os 107 mil em dezembro do ano passado.
Ora, em 2021, quando a fortuna na carteira estava avaliada em 280 milhões de dólares, o próprio propôs ao município de Newport City pagar um quarto desse valor (70 milhões de dólares) para poder escavar numa determinada secção da lixeira. É ali que Howells acredita que o dispositivo tenha sido depositado, há mais de 10 anos. No entanto, tudo indica que o velho ditado “não há fome que não dê em fartura” não se vai aplicar a este caso em concreto.
Derrotado, uma vez mais, em tribunal
Depois de o acesso à lixeira ter sido negado pelo órgão equivalente à Câmara Municipal, que alegou riscos de contaminação ambiental, seguiu-se uma sequência de derrotas na justiça britânica.
O litígio teve início há 12 anos e culminou, em março, com uma decisão que impede Howells de escavar em busca daquele objeto. Em simultâneo, fica impedido de recorrer para outras instâncias.
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