A Associação De Rádios De Inspiração Cristã (Aric) lamentou esta quinta-feira a perda de representação da comunicação social no novo Executivo de António Costa devido ao desaparecimento da secretaria de Estado do Cinema, Audiovisual e Media.
“No elenco do novo Governo hoje tornado público, já não há lugar para a representatividade do sector da comunicação social. Por tal motivo, a Aric vem, através desta forma, considerar que este é um passo atrás no trabalho que estava a ser trilhado, um pouco a medo é certo, mas estava a ser feito”, escreve em comunicado.
A entidade nota que a falta de um interlocutor “que possa tomar conhecimento, analisar e tomar posição quanto aos problemas do sector” no Governo é “um mau prenúncio” sobre a legislativa que se inicia na próxima quarta-feira, 30 de março, e também sobre o futuro da comunicação social nacional.
“A comunicação social em geral e os media privados em particular, merecem e necessitam de quem possa recomendar estratégias dentro das políticas globais para o sector. Um interlocutor da comunicação social junto dos centros de decisão é tão importante como é importante o exercício da atividade jornalística para uma sociedade livre, esclarecida e coesa”, evidencia a Aric.
A organização sustenta que um governo “que não defina linhas mestras ou que não oiça os representantes do sector naquilo que possam dizer sobre os seus problemas e anseios, não está a tratar a liberdade com o respeito que merece”, especialmente porque a liberdade está prevista na Constituição.
A Aric vai mais longe e aponta que o Governo está a “ignorar que existem problemas por resolver e, como tal, a fazer uso do passe de magia para fazer desaparecer as dificuldades do sector”.
A entidade adianta que, por não existir um interlocutor como no passado, referindo-se ao secretário de Estado Nuno Artur Silva, questões como os direitos conexos, a reforma dos incentivos à comunicação social, as quotas exageras na música, a publicidade institucional do Estado e a distribuição da mesma e a transmissão de direitos de antena nos atos eleitorais são apenas alguns dos temas que ficam esquecidos em cima da mesa.
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