O coordenador da Unidade de Medicina Nuclear da Madeira, Rafael Macedo, diz que o sector público continua a mandar doentes para o privado. Na audição parlamentar que decorreu, na passada quarta-feira, na Assembleia Regional, médico acusou alguns colegas de forte negligência e de fornecerem tratamentos que não são adequados.
O médico referiu que denunciou a situação à Ordem dos Médicos, durante a audição parlamentar sobre a unidade de medicina nuclear. Rafael Macedo afirmou ainda que existem serviços no Serviço Regional de Saúde (SESARAM) que funcionam “muito mal”, nomeadamente Hemato-Oncologia, Urologia e Ortopedia.
“Alguns colegas, de facto, são negligentes”, referiu.
O coordenar da Unidade de Medicina Nuclear explicou, por outro lado, que está habilitado para fazer 63 tipos de exames, mas efetivamente executa apenas dois, pelo que só utiliza 15% do seu tempo em serviço, reconhecendo, no entanto, que em 2018 apenas dois exames desses tipos foram feitos no setor privado.
Rafael Macedo precisou que, por este prisma, a Unidade de Medicina Nuclear está a funcionar a 100%, tendo realizado cerca de 1.000 exames desde 2017, mas insistiu que tem capacidade para executar 2.800 por ano.
“Portugal é o país da Europa menos evoluído em termos de medicina nuclear”, considerou.
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