Em campanha em Matosinhos, Paulo Raimundo confessou esta quarta-feira que o tira “um bocadinho do sério” que os partidos façam “promessas atrás de promessas” durante a campanha eleitoral, quando podiam ter avançado nelas antes.
Questionado sobre se o IVA zero nos bens essenciais, como a carne e o peixe, proposta pelo PS é uma possibilidade plausível, o secretário-geral do PCP respondeu: “Sobre isso e sobre outras matérias, digo o seguinte – estamos em campanha eleitoral e se há coisa que me tira um bocadinho do sério é, nesta altura, promessas atrás de promessas.”
E deu de seguida um exemplo concreto: “Pedro Nuno Santos propõe também que se baixe o preço da botija de gás, podia ter feito isso há dois meses quando propusemos isso na Assembleia da República, bastava ter votado ao nosso lado”.
Durante uma ação de campanha em Matosinhos, o líder comunista voltou a apontar aos grandes grupos económicos numa altura em que estes continuam “à larga com os seus lucros” de 32 milhões de euros, enquanto “nós estamos apertados com o preço dos alimentos cada vez mais caro”.
“A grande distribuição não só aperta os consumidores como os pequenos produtores”, afirmou Raimundo, deixando uma pergunta: “Será que não é possível que isto seja melhor distribuído? Será que não é possível que estes grandes grupos económicos possam ter um bocadinho menos de lucros para permitir que a maioria das pessoas vivam com melhores condições?”
A resposta, para Paulo Raimundo, é simples: “É possível, é uma questão de opções políticas.” Mas para reforçar “esses caminhos” pede ao eleitorado que dê mais força à CDU (PCP/PEV) no próximo dia 18 para aumentar a representação na Assembleia da República.
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