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Raize reduz prejuízos para 7.872 euros em 2019

A plataforma de ‘crowdfunding’ portuguesa registou o seu primeiro ano de resultado operacional positivo, de 66.437 euros.
Cristina Bernardo
12 Março 2020, 13h18

A fintech portuguesa Raize viu os seus prejuízos caírem de mais de 65 mil euros para 7.872 euros e registou o seu primeiro ano de resultado operacional (EBITDA) positivo, de 66.437 euros, em 2019.

A plataforma de crowdfunding nacional, que tem uma base de investidores e de empresas de mais de 73 mil pessoas, anunciou esta quinta-feira que o grupo contou com 3,8 milhões de euros em depósitos bancários e gerou receitas e juros no valor de 1,5 milhões de euros, mais 36% do que no ano anterior, devido a uma estratégia de promoção “sustentável” de crescimento das receitas, alargamento da base de clientes e manutenção “racional” da estrutura de custos.

“As receitas totais aumentaram 21% para 573 mil euros (38% do total), enquanto os juros pagos aos investidores tiveram um aumento anual de 48% para 917 mil euros (62% do total)”, pode ler-se no relatório e contas publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A empresa liderada por José Maria Rego, Afonso Eça e António Silva Marques diz que os investidores na sua plataforma tiveram no total 36,9% de rentabilidade acumulada (após perdas) e constata ainda que assistiu a um “aumento significativo da pressão concorrencial”, inclusive por parte dos bancos, o que a obrigou a um reforço do trabalho das equipas de originação e análise de empréstimos, tendo em conta também as baixas taxas de juro.

A Raize aproveitou ainda para criticar a posição da generalidade das instituições bancárias no financiamento de médio e longo-prazo das PME nacionais continua – “muito apoiado” no sistema nacional de garantia mútua. “É o nosso entendimento que esta situação pode provocar (no médio/longo-prazo) desequilíbrios sérios no mercado de crédito a empresas, nomeadamente através da distorção de preços e da alocação ineficiente de capital, dado que os bancos não assumem por inteiro o risco do crédito que concedem, mas assumem o seu benefício”, esclarece a sociedade financiadora de PME cotada na Euronext Lisbon.

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