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Receita do IRS aumenta pela primeira vez desde abril em agosto, anuncia João Leão

O ministro das Finanças anunciou que a receita do IRS aumentou 1% em agosto, o primeiro aumento registado desta rubrica desde abril. João Leão estima que a taxa de desemprego deverá fixar-se entre os 9% e os 10% este ano e que, apesar da incerteza elevada, a projeção do défice de 7%, inscrita no Orçamento Suplementar, se mantém.
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    Tiago Petinga/Lusa (Pool)
9 Setembro 2020, 23h18

O ministro das Finanças, João Leão, assinala que alguns indicadores económicos já demonstram alguma recuperação no terceiro trimestre, apontando o exemplo da receita fiscal que pela primeira vez desde abril voltou a crescer em agosto.

“O IRS que vai sair no mês de agosto, depois de quedas muito acentuadas desde abril, em agosto, teve pela primeira vez um aumento face ao ano anterior. Teve um aumento de 7% face ao ano anterior, mas corrigindo efeitos extraordinários, o IRS já pela primeira vez aumentou face ao ano anterior 1%”, disse esta quarta-feira em entrevista à RTP, naquela que foi a primeira entrevista do sucessor de Mário Centena à frente das Finanças, desde que tomou posse.

O ministro da tutela frisou que “a receita caiu de forma muito acentuada, sobretudo no segundo trimestre, mas esta recuperação da receita fiscal reflete, não só a tal atividade económica, na parte do IRS reflete o facto das empresas terem retomado a atividade e os trabalhadores terem saído do lay-off”, considerando que é “neste contexto é um sinal positivo”.

“Não quero exagerar os sinais positivos”, advertiu, no entanto, uma vez que “há uma queda muito significativa da receita fiscal”, que em junho, por exemplo, recuava 15% face ao ano anterior.

Ainda assim, acredita que o pior já passou. “Já batemos no fundo. O segundo trimestre foi o pior trimestre da economia, em que caiu 16%, o terceiro trimestre já se viram sinais de recuperação, até um pouco acima do que estávamos à espera”, vincou.

“Ao nível do emprego e desemprego ainda não passou. Ainda vamos ter alguma período de desemprego elevado, que pode chegar a valores próximos dos 9%, 10%, quer este ano. Este ano, dificilmente ficará acima dos 10%”, admitiu, vincando que a estimativa para o défice deste ano deverá aproximar-se dos 7%, tal como previsto no Orçamento Suplementar.

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