[weglot_switcher]

Receitas do YouTube abaixo das previsões. Lucros da Microsoft também caem

Ainda assim, a Alphabet, dona da Google, lucrou mais com o armazenamento na nuvem (‘cloud’) do que o mercado antecipava. Já a empresa cofundada por Bill Gates impressionou quer na receita quer nos lucros, apesar da queda homóloga de 14%.
25 Outubro 2022, 22h11

A Microsoft e a Alphabet foram as duas gigantes tecnológicas norte-americanas que divulgaram resultados trimestrais esta terça-feira e ambas voltaram a apresentar rumos diferentes em termos de expectativa dos analistas. Enquanto a dona da Google voltou a ser penalizada pelas receitas da YouTube, mas lucrou mais com a nuvem (cloud) do que o mercado antecipava, a empresa cofundada por Bill Gates impressionou quer na receita quer nos lucros, apesar da diminuição.

A Microsoft teve uma queda de 14% nos lucros, pare 17,56 mil milhões de dólares, e lucros por ação de 2,35 dólares, acima dos 2,30 dólares antecipados por Wall Street para o primeiro trimestre do ano fiscal de 2023, que acabou a 30 de setembro. As receitas totais da empresa de Redmond (Washington) subiram 11%, em termos homólogos, para 50,12 mil milhões de dólares (50,28 mil milhões de euros).

No segmento de computação mais pessoal – que agrega o Windows, a Xbox e Surface – o encaixe foi de 13,33 mil milhões de dólares (13,37 mil milhões de euros), em linha com o mesmo trimestre de 2021. Na cloud, as vendas foram de 25,7 mil milhões (+24%).

“Num mundo que enfrenta cada vez mais ventos contrários, a tecnologia é o vento a favor. Neste ambiente, estamos focados em ajudar os nossos clientes a fazer mais com menos, enquanto investimos em áreas de crescimento secular e gerimos a nossa estrutura de custos de forma disciplinada”, afirmou Satya Nadella, presidente do conselho de administração e CEO da Microsoft.

A Alphabet, proprietária da Google, reportou lucros de 13,9 mil milhões de dólares – abaixo dos 18,9 mil milhões de dólares no terceiro trimestre do ano passado – e lucros por ação de 1,06 dólares, quando as previsões apontavam para 1,25 dólares por cada título. No acumulado dos nove meses, o resultado líquido foi de 46,3 mil milhões de dólares positivos. A Google Cloud foi a joia da coroa, com uma receita que se fixou nos 6,9 mil milhões de dólares, acima das estimativas.

As receitas totais da empresa de Mountain View (Califórnia) tiveram um crescimento de 6%, dos anteriores 65,12 mil milhões de dólares para os atuais 69,09 mil milhões de dólares (69,32 mil milhões de euros). Contudo, as receitas de publicidade no YouTube foram de apenas 7,07 mil milhões de dólares (7,09 mil milhões de euros), quando se esperavam 7,42 mil milhões de dólares.

“Estamos a aprimorar o nosso foco num conjunto claro de prioridades de produtos e negócios. Só os anúncios de produtos que fizemos no mês passado mostraram-no com muita clareza, incluindo melhorias significativas na Pesquisa e na Cloud, com tecnologia de Inteligência Artificial, e novas maneiras de gerar receita com os ‘YouTube Shorts’. Estamos focados em investir com responsabilidade no longo prazo e em responder ao contexto económico”, comentou o CEO da Alphabet, Sundar Pichai.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.